Segunda, 01 Junho 2020 21:45

Itaú reduz número de agências e aumenta aglomerações e riscos ao Covid-19

O vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti e o diretor da entidade, Jorge Lourenço durante visita a uma agência do Itaú. É o Sindicato presente na luta para proteger a saúde e a vida dos bancários O vice-presidente do Sindicato Paulo Matileti e o diretor da entidade, Jorge Lourenço durante visita a uma agência do Itaú. É o Sindicato presente na luta para proteger a saúde e a vida dos bancários

A cada dia mais se confirma o descaso do Itaú para com funcionários e clientes. Para manter seus lucros exorbitantes, o maior banco privado do país decidiu pela pior opção em meio ao rodízio de bancários preventivo à contaminação pelo novo coronavírus: fechar um determinado número de agências, concentrando o movimento nas que permaneceram abertas. Nas unidades em funcionamento, os bancários estão submetidos a uma sobrecarga ainda maior de trabalho e, pior ainda, ao risco de contaminação pela Covid-19, o mesmo ocorrendo com terceirizados e clientes. O escalonamento de agências vem acontecendo na Zona Sul e em outros bairros da cidade, segundo denúncias de aglomerações nas unidades que chegaram ao Sindicato.

Semiescravidão dos GOs

Os bancários denunciam que não há o rodízio para os supervisores e gerentes operacionais. Com isto, os GOs (Gerentes Operacionais) – agora chamados de ‘volantes’ – passaram a ser responsáveis por duas agências: começam o dia em uma, passam os envelopes às 14 horas, fecham a agência e vão para outra fazer o mesmo. Toda esta situação gera um risco ainda maior de contaminação pelo novo coronavírus, enquanto os gestores, em seus celulares, cobram as metas com pressão e assédio moral.

“O banco age como se os bancários não fossem seres humanos, mas máquinas, ignorando que o aspecto psicológico das pessoas está no limite”, critica o diretor do Sindicato Adriano Campos.

O Sindicato avalia que esse tipo de situação esteja acontecendo em outras áreas e bairros e chama a atenção de que o momento não é de pensar em nú meros e lucros, mas sim na vida das pessoas.

“Os bancários precisam denunciar os abusos ao Sindicato”, disse o diretor do Sindicato Jorge Lourenço.

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