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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Por Olyntho Contente
Da Redação do Seeb/Rio
Na negociação, por videoconferência, desta quinta-feira, 28 de maio, entre outras questões, a Comissão de Organização dos Empregados (COE) exigiu dos representantes do Itaú, o fim do assédio de vários gestores na cobrança de metas do Programas Agir e Trilhas. Muitos gestores estão impondo aos bancários o cumprimento de metas, agindo como se, não só o Brasil, mas o mundo todo não estivesse sendo assolado pela pandemia do novo coronavírus.
O banco alegou que o peso maior do Agir era o atendimento ao cliente e a renegociação de dívidas. “Mas não é o que temos visto. Vários gestores têm se comportado como se tudo estivesse funcionando normalmente, inclusive cobrando o cumprimento de todas as metas. No nosso entender, o justo, neste momento gravíssimo, seria que nenhuma meta fosse exigida, e que o banco respeitasse os bancários, sua saúde e sua vida. Mas certos gestores não estão seguindo sequer a orientação que o Itaú nos disse ter dado”, criticou a diretora do Sindicato e membro da COE, Maria Izabel Menezes. Outras questões ligadas à saúde, o Itaú preferiu debater na mesa específica sobre o assunto, reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Fenaban.
A COE questionou como cobrar que metas sejam cumpridas, entre outros motivos, quando agências são fechadas para higienização em caso de suspeita de Covid-19 e funcionários afastados como medida de prevenção? “Nossa proposta é que seja dispensada a avaliação deste semestre. Vamos aguardar uma resposta do banco na próxima reunião que deverá acontecer em 9 de junho”, resumiu Izabel.
Pressão e insensibilidade
Para não deixar de atingir as metas, parecendo querer ser mais realistas que o rei, certos gestores têm ignorado, até mesmo os protocolos do próprio banco em relação às normas de prevenção da Covid-19, por exemplo, ao não respeitar o rodízio de funcionários. Ou impondo o rodízio à sua maneira, prejudicando os funcionários. A COE cobrou do banco que faça com que os gestores respeitem esta importante medida preventiva e que estabeleça critérios para o rodízio a serem cumpridos em todas as unidades.
Os dirigentes relataram ao banco inúmeros casos em que os gestores não estão seguindo outros protocolos de prevenção contra o novo coronavírus, como o afastamento imediato, por 14 dias, em caso de suspeita de contaminação, bem como as medidas complementares, muito em função das metas.
O protocolo determina que o funcionário com sintomas do Covid-19 deve entrar em contato com o Telemedicina e ir ao médico, que decidirá pelo afastamento. O gestor deve relatar o caso aos Recursos Humanos. Se o resultado do exame for positivo, o gestor tem de comunicar o fato ao banco. O funcionário deverá cumprir o afastamento determinado pelo médico. Serão afastados também, os colegas que trabalhavam próximo ao bancário infectado. A agência deve ser fechada por 48 horas, higienizada, com retorno ao funcionamento com outra equipe.