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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Itaú Unibanco divulgou seus resultados do terceiro trimestre de 2025 nesta terça-feira (4): o maior banco privado do país teve um lucro líquido recorrente gerencialvde R$ 11,9 bilhões. O resultado representa um crescimento de 11,3% ante o mesmo período de 2024 e confirma as expectativas do mercado.
O que a sociedade e os próprios especialistas do mercado financeiro não sabem é que os ganhos crescentes são à custa de demissões e adoecimento dos funcionários que continuam trabalhando no banco.
"É cada vez maior o número de funcionários do Itaú que nos procuram mentalmente adoecidos e tomando remédios tarja preta, em função do assédio moral e pressão para atingimento de metas", explica o diretor executivo de Saúde do Sindicato do Rio, Edelson Figueiredo.
"Por trás destes números extraordinários dos lucros estão também a extinção de agências físicas e as demissões. O banco não respeita os bancários e muito menos os seus próprios clientes", criticou.
Demissões em massa
Em setembro deste ano, o Itaú demitiu cerca de mil funcionários que trabalhavam em regime remoto ou híbrido, com a injusta justificativa de "baixa produtividade e padrões incompatíveis de jornada de trabalho. Quase a totalidade destes trabalhadores dispensados eram de São Paulo.
"Os sindicatos verificaram que muitos dos funcionários demitidos cumpriam as metas estabelecidas pelo banco. O Itaú foi cruel e demitiu irregularmente, já que em casos de dispensados em massa, teria que dialogar com a representação sindical dos trabalhadores", ressaltou Edelson.
Em função da campanha dos sindicatos nas redes sociais e de atividades presenciais nas agências, o caso teve repercussão nacional, queimando a imagem do Itaú na opinião pública.
O banco confirmou oficialmente o fechamento de mais de 227 agências no Brasil em 2025. A justificativa é a de que a maioria das transações - cerca de 90% - já ocorre por canais digitais, como aplicativo e internet banking.
"Os bancos desmerecem a realidade de que no Brasil há muitos idosos que não dominam as operações digitais e precisam do atendimento pessoal. É tudo desculpa para demitir e lucrar ainda mais", concluiu Edelson.