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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Com informações da Contraf-CUT
O movimento sindical segue mobilizado para que o Itaú Unibanco reveja as mais de mil demissões realizadas em 8 de setembro deste ano, a maioria na base de São Paulo. A decisão do banco de desligar funcionários que estavam em home office gerou grande comoção nacional e repercutiu amplamente na imprensa.
No Rio de Janeiro, o Sindicato dos Bancários retardou, no dia 25 de setembro, a abertura de três agências do Itaú em Bonsucesso, na região da Leopoldina, em protesto contra os desligamentos e em solidariedade aos empregados dispensados.
“Continuamos com a mobilização nacional contra as 1.100 demissões no conglomerado Itaú, o fechamento de agências, o assédio moral e as metas desumanas que têm adoecido os funcionários”, afirmou a diretora do Sindicato carioca e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel, durante a atividade.
Banco impede acordo
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região solicitou a mediação do Tribunal Regional do Trabalho após o Itaú se recusar a negociar com os empregados demitidos e suas representações sindicais.
A audiência de mediação ocorreu na noite da última quarta-feira (1º de outubro). Como não houve acordo, o mediador concedeu 48 horas para que o banco apresente uma nova proposta e marcou uma nova audiência para esta sexta-feira (3), às 18h.
Mobilização continua
Dirigentes da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) e de sindicatos reforçam a necessidade de participação da categoria nas atividades organizadas em defesa do emprego. Eles orientam que bancários e bancárias acompanhem as informações pelos sites, redes sociais e jornais das entidades.
“Juntamente com o sindicato, estamos aqui para defender o emprego e garantir que os direitos dos trabalhadores sejam respeitados”, disse o vice-presidente da Contraf-CUT, Vinícius Assumpção, que participa do processo de mediação a pedido do sindicato.
“É fundamental que os trabalhadores fiquem atentos aos sites, redes sociais e demais meios de comunicação da Contraf-CUT e dos sindicatos, e que participem das plenárias e atividades. Com união, podemos alcançar uma boa solução para os bancários”, acrescentou Vinícius.
A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo e coordenadora do Comando Nacional, Neiva Ribeiro, destacou os esforços da categoria para buscar uma saída negociada.
“Já realizamos plenárias com os trabalhadores, diversas manifestações e paralisações para pressionar o banco a rever as demissões. Continuamos apostando na via negocial e, na sexta-feira, teremos uma nova audiência de mediação em busca de um acordo”, afirmou.
Funcionários humilhados
A coordenadora da COE do Itaú, Valeska Pincovai, denunciou que os trabalhadores foram chamados de “improdutivos” e desligados sem direito de defesa.
“O Itaú precisa reparar esse dano”, disse, criticando a postura do banco, que expôs os empregados na imprensa e prejudicou sua imagem diante da sociedade.
Monitoramento desumano
Os dirigentes sindicais questionamentos também o modelo de monitoramento do banco no trabalho remoto, considerado desumano por invadir a vida privada dos funcionários.
“Além de tirar o emprego de milhares de trabalhadores, o Itaú tenta jogar a culpa nos bancários, apoiando-se em um monitoramento do trabalho remoto que é desumano e invade a vida familiar e privada das pessoas. Repudiamos essas práticas”, reforçou Jorge Lourenço, diretor do Sindicato do Rio, presente no protesto em Bonsucesso.