Segunda, 28 Abril 2025 16:35
ITAÚ

Negociação sobre PCR teve alguns avanços e proposta será avaliada pelos funcionários

Banco oferece reajuste de 6,25% e ROE de 22,1, o que é considerado insuficiente pela COE, mas houve melhorias em relação à proposta inicial

 

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú se reuniu na tarde da última sexta-feira (25) com representantes do banco. Na pauta, a negociação do Programa Complementar de Resultados (PCR).

Proposta inicial rejeitada

O banco apresentou uma proposta considerada insuficiente pelo movimento sindical: reajuste de apenas meio ponto percentual acima da inflação de março (IPCA de 5,20%), com um retorno sobre patrimônio líquido (ROE) estipulado em 23%. A COE considerou a proposta baixa o que, na prática, dificultaria o acesso à faixa mais alta do PCR pelos trabalhadores e rejeitou de imediato os termos iniciais apresentados pelo banco.

Nova proposta

Após um intervalo de 30 minutos solicitado pela direção do Itaú, o banco retornou à mesa com nova proposta: reajuste de 6,25% (inflação de março mais 1%) e ROE de 22,1%. A Primeira faixa (ROE até 22,1): R$ 3.908,05 e a Segunda faixa (ROE acima de 22,1): R$ 4.096,42

O banco também apresentou uma alternativa: aplicar o reajuste da categoria, negociado para setembro, no valor da PCR pelos próximos dois anos, mantendo o ROE em 22,1.

Em ambas as propostas, o reajuste do segundo ano seguiria o índice definido para a categoria nas negociações da campanha salarial.

A diretora do Sindicato do Rio de Janeiro e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel que participou da reunião, fez uma avaliação da proposta do banco.

“A proposta do Itaú está longe do que nós apresentamos e que previa a recuperação das perdas que tivemos desde 2010 e levava em consideração a lucratividade estupenda que o banco vem tendo. No entanto, em relação ao que o banco apresentou inicialmente e que não valorizava em nada os trabalhadores mediante as metas absurdas, a gente conseguiu melhorar a proposta na mesa de negociação, que ainda é insuficiente, mas teve alguns avanços significativos", disse a diretora do Sindicato do Rio de Janeiro e representante da COE, Maria Izabel.

A proposta será avaliada pelos funcionários em nível nacional através de uma assembleia ainda sem data definida.

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