Terça, 11 Março 2025 17:39

Em mais uma reunião no Ministério Público, Itaú não chega a acordo sobre plano de aposentados

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

"Depois de duas reuniões na mesa de negociação, não conseguimos chegar a um consenso com o Itaú, dentro do prazo que o MP deu de 90 dias. Vamos aguardar o que o banco vai apresentar, para então procurarmos tomar a decisão de quais serão os próximos passos". A afirmação foi feita por Jair Alves, diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), após audiência com o banco, no Ministério Público do Trabalho (MPT), nesta terça-feira (11/3), em São Paulo, capital

"O Itaú precisa reconhecer o impacto financeiro que essa medida tem gerado nos aposentados e encontrar uma alternativa viável para garantir a manutenção do plano de saúde com condições justas. Seguiremos mobilizados até que haja avanços concretos nessa negociação", acrescentou o dirigente bancário.

Em todo o país foram realizados protestos que devem se intensificar. O do Rio de Janeiro aconteceu em frente à agência do banco, na Avenida Rio Branco, 123, no Centro do Rio. Leia matéria completa sobre o ato, clicando no link no fim deste texto.

Além da Contraf-CUT, participou da audiência o Sindicato dos Bancários de São Paulo. No encontro foram discutidos os impactos da extinção do período de manutenção da contribuição do banco ao plano de saúde dos aposentados.

Com a retirada desse direito, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), os aposentados foram obrigados a migrar do plano familiar para um individual, sem qualquer subsídio da instituição financeira. Essa mudança gerou um impacto financeiro significativo, com valores que chegam a R$ 1.929 por pessoa, podendo ultrapassar a R$ 4 mil para um casal. Para muitos aposentados, essa realidade tem se tornado insustentável, levando a uma mobilização crescente em busca de soluções mais justas.

Apesar do resultado negativo da audiência, os aposentados conseguiram o apoio do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), que reforçou a necessidade de uma solução mais justa para os ex-trabalhadores do banco. Diante da importância do tema, as entidades sindicais devem divulgar amplamente o vídeo do Idec para fortalecer a mobilização e conscientizar a sociedade sobre a gravidade da situação.

O que está sendo reivindicado – Entre as principais reivindicações da categoria estão a criação de uma faixa de plano específica para aposentados e a suspensão dos reajustes das mensalidades enquanto as negociações estiverem em andamento. No entanto, o Itaú se recusou a suspender os aumentos, alegando que os reajustes já foram aplicados em outras operadoras.

Os aposentados rejeitam essa justificativa, ressaltando que o banco teve tempo suficiente para discutir internamente uma solução para a questão, uma vez que desde outubro, o tema tem sido discutido em um processo de mediação conduzido pelo MPT. No dia 3 de dezembro, ocorreu uma reunião de negociação com a participação de aposentados, representantes dos trabalhadores, do MPT e do Itaú, mas não houve avanço significativo. Diante da falta de solução, foi solicitada uma nova audiência de mediação, agendada para esta terça-feira, 11 de março, em São Paulo.

Aposentados do Itaú protestam no Rio por viabilidade de plano de saúde 

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