Quinta, 06 Fevereiro 2025 18:16

Itaú enrola e não apresenta proposta que garanta plano de saúde digno para aposentados

Luta tem que ser também dos bancários da ativa que vão se aposentar no futuro. Foto: Nando Neves. Luta tem que ser também dos bancários da ativa que vão se aposentar no futuro. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

A Comissão de Organização dos Empregados (COE) teve, nesta terça-feira (4/2), a terceira rodada de negociação com o Itaú sobre o estabelecimento de critérios que garantam um plano justo aos aposentados do banco. Mas não foi apresentada nenhuma proposta concreta, ao contrário, o Itaú trouxe muitos dados, muitos números, mas aparentemente apenas para tentar justificar a ausência de propostas.

“É muito ruim este comportamento, ainda mais se tratando de um banco que tem uma lucratividade recorde, que é essa potência financeira, e não apresenta nada para tentar corrigir esta injustiça com pessoas que fizeram o Itaú chegar ao que é hoje”, afirmou a coordenadora da COE, Maria Izabel Menezes. Lembrou que muitos destes antigos funcionários trabalharam por mais de 30, 40 anos, e muitas vezes somente neste banco e, mesmo assim, não são valorizados.

“Após o término do período de manutenção da contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho, os valores cobrados dos aposentados aumentam muito e eles têm dificuldades para manter-se no plano de saúde sem subsídio pago pelo banco”, explicou o dirigente da Contraf-CUT, Jair Alves. Quando os funcionários se aposentam, assumem a integralidade do custo do plano de saúde, e passam do modelo familiar para individual, o que triplica o valor, impedindo o aposentado de prosseguir com o plano.

Fechamento de agências – No encontro a COE também tratou do fechamento de agências e das demissões. “Fomos muito duros na crítica a este modelo de gestão que prejudica os bancários, mas também a população e os próprios clientes”, disse Maria Izabel. Frisou que o número de agências fechadas cresceu em 2024. “Dados do próprio Itaú mostram que eram fechadas por ano 200 agências e ano passado, foram mais de 270”, ressaltou.

“Criticamos também as demissões. Os representantes do banco tentaram justificar, dizendo que há também contratações. Não há como justificar, porque o que o Itaú está fazendo, para lucrar ainda mais, é demitir para contratar por salários menores, barateando a mão-de-obra, dispensando os mais antigos, justamente os que trabalharam anos e anos para tornar esta instituição uma potência”, criticou a dirigente. 

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