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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Representantes do Itaú disseram não ser possível suspender o reajuste dos planos de saúde, enquanto estiverem acontecendo as negociações para a manutenção de planos justos para os aposentados. A resposta foi dada aos representantes da Comissão de Organização dos Empregados (COE), nesta segunda-feira (27/1). A reunião foi marcada pelo banco após mobilização dos aposentados nas redes sociais.
A reivindicação faz parte de uma lista entregue ao Itaú no dia 20 de dezembro. A coordenadora da COE e diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, Maria Izabel Menezes, criticou. “Infelizmente o banco está se mostrando inflexível neste congelamento enquanto estiver ocorrendo a negociação. Só temos a lamentar, porque enviamos estas propostas ano passado. Esperamos algum avanço na negociação que vai haver agora no dia 4 de fevereiro”, afirmou.
“Eles não podem alegar que foi em cima da hora, pois está na mesa do Ministério Público desde outubro. Nós vamos continuar lutando. Queremos que o banco suspenda o reajuste”, afirmou Jair Alves, dirigente da Contraf-CUT e bancário do Itaú.
Entre os pontos prioritários da pauta de reivindicações estão ainda, a criação de uma faixa de plano de saúde específica para aposentados e a suspensão do reajuste dos planos enquanto as negociações estiverem em andamento. No entanto, o banco informou que não é possível suspender o reajuste, justificando que ele já foi aplicado em outras operadoras.
A justificativa foi rejeitada pelos aposentados, que ressaltaram que o banco teve tempo suficiente para discutir o tema internamente. Desde outubro, o assunto está em debate em um processo mediado pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). No dia 3 de dezembro, uma negociação envolvendo aposentados, representantes dos trabalhadores, do MPT e do Itaú foi realizada, mas o problema persiste.
Uma nova reunião foi marcada para o dia 4 de fevereiro. “Nós esperamos que o banco mude sua postura e volte atrás na decisão”, destacou Jair, ao reforçar o compromisso de continuar defendendo os direitos dos aposentados. Uma das formas é assinar ao abaixo assinado dos aposentados. Clique aqui.
Entenda melhor – Após cessar o período da manutenção da parcela de contribuição do banco, garantido pela Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, o Itaú passa a impor aos trabalhadores e trabalhadoras, que se aposentaram, a migração do plano de quando estavam na ativa, de saúde familiar, para um plano individual e sem a contribuição do banco na mensalidade.
O valor do plano individual é de R$ 1.929, portanto o gasto pode chegar a quase R$ 4 mil, no caso de um casal. Outra questão que será debatida é sobre informações que justifiquem os valores hoje pagos pelos aposentados. Conforme a lei que regulamenta os planos de saúde privados no país (nº 9.656/98), o trabalhador pode manter o plano de saúde empresarial após 10 de contribuição, desde que assuma a mensalidade. Entretanto, apesar de reiterados pedidos do movimento sindical, o Itaú não revela quanto era sua contribuição no plano aos bancários, quando estavam na ativa, e tem cobrado valores de mercado.
O que está sendo reivindicado