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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Houve avanços nas propostas feitas pelo Itaú na negociação desta terça-feira (17/12) em relação aos itens do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2025. A avaliação foi feita pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) que vem negociando os pontos do ACT com o banco. Entre os itens com avanços estão o banco de horas, teletrabalho e educação, além da criação de grupos de trabalho bipartites para discutir segurança e diversidade.
A coordenadora da COE, Maria Izabel Menezes, diretora do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, explicou que, para entrar em vigor, a proposta de acordo terá que ser aprovada em assembleias convocadas pelos sindicatos. Acrescentou que, em caso de aprovação, o ACT terá duração de um ano.
Maria Izabel destacou, ainda, o papel dos grupos de trabalho bipartites criados na negociação. “Os GTs são essenciais para aprofundar debates em temas cruciais como saúde, segurança e diversidade. Seguiremos mobilizados para construir soluções que atendam às demandas dos trabalhadores. Além disso, cobramos do banco a discussão urgente sobre o fechamento de agências e a preservação do emprego, que continuam sendo nossas prioridades”, afirmou.
Os avanços – Entre os avanços está a definição do banco de horas semestral, com a compensação de horas funcionando da seguinte forma: 1 para 1 em dias úteis, 1 para 2 em feriados e 1 para 1,5 aos sábados e domingos. O banco também reafirmou que não pretende abrir agências nos fins de semana, salvo exceções previamente comunicadas aos sindicatos.
Houve também a definição de metas progressivas para quem retorna de licença: o trabalhador ficará isento no primeiro mês, cumprirá 25% no segundo e 50% no terceiro. O banco também aceitou retomar o debate sobre homologações junto ao Ministério do Trabalho, o que é uma conquista importante para os trabalhadores.
Educação e cultura – Na educação, a bolsa foi ampliada para 12 parcelas e passou a incluir a modalidade de ensino a distância (EAD), mas sem a prioridade anterior para níveis de graduação. No regime de teletrabalho, o auxílio foi reajustado para R$ 109,43 por mês, com direito para quem trabalhar remotamente pelo menos uma vez por semana.
Em relação ao vale-cultura, o Itaú não aceitou a concessão do benefício, mas propôs ampliar parcerias com entidades culturais, esportivas e comerciais, deixando espaço para que o movimento sindical desenvolva novas iniciativas conjuntas.
Diálogo – Também coordenadora da COE, Valeska Pincovai ressaltou os avanços obtidos, mas destacou a necessidade de acompanhamento constante: “Esses resultados mostram o quanto o diálogo é fundamental. Garantimos direitos importantes, como o retorno gradual às metas, e avançamos no auxílio ao teletrabalho, que faz diferença no dia a dia dos bancários e bancárias”, disse.
“Ainda assim, faremos uma avaliação daqui a um ano do acordo (em caso de aprovação) e realizaremos reuniões nos locais de trabalho para acompanhar sua aplicação. Todos os problemas apontados pelos bancários serão encaminhados ao banco, pois não aceitaremos pressões para trabalhar fora do horário sem registro de ponto. Também deixamos claro que a compensação de horas deve ser negociada, e não imposta pelos gestores conforme sua conveniência”, adiantou.
A próxima reunião entre a COE e o banco Itaú está marcada para fevereiro, com pautas sobre o programa GERA, fechamento de agências, manutenção do emprego e uma proposta de PCR.