Quinta, 07 Novembro 2024 13:26
100 ANOS DE EXPLORAÇÃO

Sindicato volta a protestar contra o fechamento de agências e as demissões no Itaú

Atividade desta quinta-feira (7) foi realizada no bairro da Tijuca
Dirigentes sindicais do Rio protestaram contra o fechamento de agências, as demissões e o adoecimento de bancários no Itaú Dirigentes sindicais do Rio protestaram contra o fechamento de agências, as demissões e o adoecimento de bancários no Itaú Foto: Nando Neves

 

Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro realizou, nesta quinta-feira (7), mais uma atividade como parte da campanha nacional da categoria em protesto contra o fechamento de agências físicas e as demissões no Itaú Unibanco, o maior banco privado do Brasil. 

O ato aconteceu na unidade da Rua Conde de Bonfim, 423 e na agência da esquina da General Rocca com a Praça Saenz Pena, ambas na Tijuca, Zona Norte da cidade.

"Estamos dando continuidade à campanha contra as demissões e o adoecimento dos funcionários com a imposição cada vez maior de metas desumanas. Na semana que vem faremos novos protestos e enquanto o banco continuar fechando postos de trabalho e assediando bancários", disse o diretor do Sindicato, Gilberto Leal.

Lucros crescem

O setor mais lucrativo do país tem elevado ainda mais os seus ganhos à custa do emprego e do adoecimento dos empregados.

O Itaú Unibanco obteve Lucro Líquido Recorrente Gerencial de R$ 30,518 bilhões no acumulado dos nove primeiros meses de 2024, alta de 16,4% em relação ao mesmo período de 2023. "O resultado mostra que a extinção de agências e as dispensas são por pura ganância dos banqueiros. Como essa gente consegue dormir sem pesar a consciência por faturar bilhões todos os anos tirando o emprego e o sustento de famílias inteiras?", questionou Gilberto. 

Clientes desrespeitados 

O presidente do Sindicato José Ferreira também participou da manifestação e criticou o desrespeito dos bancos privados com os clientes e usuários, já que, com a redução no número de agências e de funcionários, o atendimento à população só piora com mais filas para o atendimento presencial. 

A campanha dos bancários faz também uma crítica às peças publicitárias milionárias na mídia pelos 100 anos do Itaú, que segundo os dirigentes sindicais, mostra uma imagem "fantasiosa" que nada tem a ver com a dura realidade diária dos bancários e bancárias, que não são valorizados pela empresa.

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