EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
⁹
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Bancários e bancárias do Itaú realizaram nesta terça-feira (29), o Dia Nacional de Luta. Os protestos organizados pelo movimento sindical são uma resposta contra o processo de fechamento de agências físicas, que resultam num número cada vez maior de demissões e o adoecimento dos funcionários em função da pressão por metas.
A atividade é apenas a primeira de muitas que deverão ocorrer até o final de 2024 e podem seguir em 2025 enquanto o banco continuar demitindo e oprimindo seus empregados. No Rio, o ato aconteceu na Rio Branco, 123, no Centro.
“Temos recebido seguidas denúncias de que o Itaú tem chamado empregados em licença médica pelo INSS para fazer um acordo e trocar a estabilidade do emprego por uma indenização em dinheiro, uma prática cruel e desumana do banco, se aproveitando da fragilidade emocional do bancário para descartá-lo como se o trabalhador fosse um objeto sem valor”, criticou o diretor do Sindicato Gilberto Leal.
Propaganda enganosa
Os dirigentes sindicais distribuíram o Jornal Itaunido, produzido pela Secretaria de Comunicação da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro). A campanha ironiza a milionária publicidade gasta pelo Itaú em comemoração aos 100 anos do banco e aos “selos de qualidade” recebidos pela empresa e concedidos pelo mercado, inclsuive de premiações como "um dos melhores locais para se trabalhar", o que não condiz com o sofrimento dos empregados.
“A realidade cotidiana dos funcionários nada tem a ver com a ‘fantasia’ da publicidade feita pelo banco na mídia e a sociedade precisa saber que o Itaú explora, humilha e adoece a categoria e não respeita os clientes e usuários”, destacou a diretora do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel.
A presidenta em exercício do Sindicato, Kátia Branco, lembra que os sindicatos vão continuar denunciando a extinção de mão de obra nos bancos privados e criticou a postura comum nas instituições do sistema financeiro nacional.
“Os bancos são um câncer neste país. Praticam os maiores juros do mundo, impedindo a retomada do desenvolvimento econômico do Brasil, demitem e adoecem trabalhadores e ganham cada vez mais dinheiro à custa do endividamento da população e do sofrimento das famílias brasileiras”, ressaltou Kátia.
Jorge Lourenço, tesoureiro do Sindicato e também funcionário do Itaú, disse que a campanha vai continuar.
“O Sindicato tem feito a sua parte, lutando pela reintegração dos bancários e bancárias demitidos irregularmente, com ações do Departamento Jurídico e denunciando o banco para à sociedade. O Itaú vem gastando milhões em publicidade, vendendo uma imagem que, na realidade, não existe”, afirmou.
“Estamos entregando o prêmio ‘descarte de talentos’ ao Itaú”, ironizou Maria Izabel.
Agência Mercado das Flores - Os dirigentes sindicais se deslocaram para a agência do Mercado das Flores, também no Centro, onde acontecia uma reunião dos gerentes regionais com os funcionários da unidade.
"Realizamos um ato também nesta agência porque são justamente nestas reuniões dos gerentes gerais em que ocorrem a maior pressão e assédio moral por metas segundo relatos dos próprios bancários e orientamos aos funcionários que continuem denunciando estas práticas ao Sindicato", explicou Izabel.