Carlos Vasconcellos 

Imprensa SeebRio 

O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários do Rio impôs mais uma derrota ao Itaú na Justiça Trabalhista, com a reintegração da bancária Iaqueline Esperato Frejeiro.

Em sua decisão, o juiz Nikolai Nowish, da 70ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro, atendeu ao pedido de tutela de urgência feito pela advogada do Sindicato, Natália Miranda. 

Iaqueline trabalha no banco desde março de 1990 e foi dispensada em fevereiro deste ano, ou seja, após 34 anos de trabalho dedicado à empresa, que é a maior e mais lucrativa instituição financeira privada do Brasil. 

"Nos trás grande satisfação ver bancários e bancárias terem de volta seus empregos, direitos e a autoestima. Enquanto os bancos insistirem em demitir irregularmente estes trabalhadores, nós vamos buscar na Justiça as devidas reparações para a nossa categoria", explicou o diretor executivo do Jurídico do Sindicato, Adriano Campos. 

Iaqueline gozava do auxílio doença no curso do aviso prévio e é mais uma funcionária vítima da gestão de metas do Itaú, cuja pressão e até práticas de assédio moral têm levado a um número cada vez maior de empregados a sofrer de doenças psíquicas. 

Direito ao Plano de Saúde 

O juiz determinou ainda que o plano de saúde da funcionária deve ser mantido durante a suspensão contratual por auxílio-doença, além de todos os direitos previstos no vínculo empregatício. 

"O Itaú explora e adoece bancários e bancárias para, em seguida, simplesmente descartá-los, numa prática cruel e desumana", disse o diretor executivo da Secretaria de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo, que acompanhou todo o processo que resultou na reintegração da bancária. 

"É importante que a categoria fortaleça nossa entidade sindical, ampliando o número de sindicalizados para continuarmos este trabalho em defesa dos empregos e dos direitos dos bancários ", acrescentou Edelson, lembrando ainda que emprego e saúde são dois dos principais eixos da Campanha Salarial 2024.