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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Os sindicatos tomaram conhecimento de que o Itaú tem se aproveitado da situação fragilizada de bancários em licença médica para procurar estes trabalhadores e propor o fim da estabilidade em troca de uma indenização.
A diretora do Sindicato do Rio e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel, considera a prática do banco indecente e absurda.
"O funcionário se encontra adoecido por causa da pressão e do assédio moral em função das metas abusivas impostas pelo banco, a maioria sofrendo de doenças psíquicas. O Itaú tem se aproveitado dessa situação fragilizada em que se encontra o funcionário para propor a indenização em troca do emprego. É um momento inadequado para propor qualquer tipo de plano de demissão e uma prática desumana", critica Maria Izabel.
Mais de 80% das licenças são em função de doenças psíquicas.
Trabalhador descartável
O Itaú alega que a opção para a demissão é "voluntária" e "opcional".
"O bancário não quer propostas em troca de seu emprego, mas sim, ser valorizado pelo banco como funcionário e ter sua dignidade respeitada", acrescentou a dirigente sindical.
Caso o bancário ou bancária se sinta coagido para aderir à dispensa, deve denunciar imediatamente à Secretaria de Bancos Privados do Sindicato para que sejam tomadas as devidas providências, através dos .telefones (21) 2103-4121/4124/4172 ou pelo email Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
De acordo com os relatos dos trabalhadores, um representante da área de Pessoas do banco entra em contato por telefonema e afirma ter uma proposta, não obrigatória, para que ele seja desligado do Itaú. É informado ainda que, caso não aceite a proposta, seu trabalho no banco "segue normalmente"
Chama a atenção dos sindicalistas o fato de o banco afirmar que, caso não aceite a proposta de demissão, o bancário continuará "normalmente" trabalhando no banco, o que é uma contradição, já que partiu do Itaú a intenção de dispensar o bancário licenciado.
"Em vez de valorizar o funcionário, o banco deixa claro que está descartando o trabalhador", criticou Izabel.
A proposta indecente
A proposta apresentada refere-se a uma verba referente ao plano de saúde, a depender do tempo de casa, da estabilidade e de outros direitos garantidos pela CCV (Comissão de Conciliação Voluntária).
"O bancário adoecido pelo trabalho deve buscar seus direitos. É um dever do banco acolher este trabalhador, orientá-lo em relação ao afastamento, e recebê-lo de forma adequada, com as devidas medidas para a sua readaptação no retorno ao trabalho. É neste momento que o bancário mais precisa de apoio”, destacou a secretária de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato de São Paulo, Valeska Pincovai, que também é bancária do Itaú.
A iniciativa do banco é uma decisão unilateral e não tem a concordância do movimento sindical.