Terça, 07 Mai 2024 16:17

Ganância: mesmo com novo lucro recorde, Itaú continua demitindo

Foto: Nando Neves Foto: Nando Neves

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Imprensa SeebRio

“É um lucro recorde, mas alcançado em cima de uma verdadeira tragédia: demissões, adoecimento e fechamento de agências, deixando a população desassistida”. A afirmação foi feita por Maria Izabel Menezes – dirigente do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro e da Comissão de Organização dos Empregados (COE) – ao comentar o lucro recorde do Itaú no primeiro trimestre deste ano: R$ 9,771 bilhões, um aumento de 15,8% em relação ao mesmo período do ano passado e um crescimento de 3,9% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

Apesar do lucro recorde, houve fechamento de postos de trabalho. Ao final do primeiro trimestre de 2024, a holding contava com 85.936 empregados no país, registrando o fechamento de 3.561 postos de trabalho em doze meses.

“É um lucro em que, mais uma vez, os banqueiros mostram que só pensam em ganhar mais e mais dinheiro a qualquer custo social, e nunca naqueles que provêm este lucro. Ou seja, não valorizam os funcionários, que adoeceram para gerar lucros cada vez maiores, e os clientes que veem cair a qualidade do atendimento em função do desmonte da estrutura do próprio banco. A gente fica pensando a que ponto chega a ganância destes banqueiros”, criticou a dirigente.

Sem responsabilidade social

Segundo relatório divulgado pelo banco, essas houve uma diminuição de 5,1% dos seus empregados no Brasil em um ano. Além disso, na América Latina, também houve redução dos postos de trabalho devido à venda do Itaú Argentina, que resultou na redução de 1,5 mil trabalhadores a partir de agosto de 2023.

“É inconcebível que, em meio a um cenário de lucros astronômicos, o Itaú Unibanco opte por dispensar trabalhadores, ignorando completamente sua responsabilidade social. Enquanto a empresa comemora seus ganhos recordes, milhares de famílias enfrentam incertezas e dificuldades financeiras. Essas demissões são uma clara demonstração de prioridades distorcidas, nas quais o lucro é valorizado em detrimento do bem-estar dos trabalhadores”, criticou o coordenador da COE, Jair Alves.

Veja aqui os destaques do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

*Com informações da Secretaria de Comunicação da Contraf-CUT.

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