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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Emprego, fechamento de agências, realocação e distribuição de funcionários e punições referentes à falta de certificações da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Estes foram os principais problemas debatidos pela Comissão de Organização dos Empregados (COE) com representantes do Itaú nesta quarta-feira (24) em São Paulo.
“Fizemos várias críticas ao fechamento de agências, aos critérios que o Itaú utiliza para fazer isto, sem pensar no aspecto social; e críticas também ao turn over (contratações novas com menores salários) e à terceirização”, resumiu Maria Izabel Menezes, dirigente da COE e do Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, logo após a negociação.
O banco apresentou o levantamento do primeiro trimestre de 2024, quando 2.655 trabalhadores foram contratados e 1.861 demitidos. A COE frisou que as demissões são gerais, mas as contratações estão muito concentradas na área de Tecnologia da Informação (TI). Não estão contabilizados os que pediram demissão.
Terceirização – “A terceirização é outro problema. O banco está passando por um processo que precisa parar. É muito prejudicial aos trabalhadores, pois são demitidos e recontratados por outras empresas com salários e benefícios inferiores”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE.
Agências fechadas – O Itaú informou também os números de fechamento de agências. De janeiro a maio de 2024, 127 agências serão encerradas. Dessas, 90 já foram fechadas e 37 estão em processo. Dos trabalhadores contidos neste universo (1.775), 93% foram realocados, 1% pediu demissão e 6% foram demitidos. “É inadmissível termos um número tão alarmante em tão pouco tempo”, criticou Jair, ao relatar que questionou os critérios de escolha das agências fechadas. “Eles explicaram que todas as agências pagam suas próprias despesas, e a partir daí é feita a avaliação”, revelou.
População prejudicada – Para o dirigente é preciso ser revisto este método, pois é prejudicial à sociedade e aos trabalhadores. “Uma agência num município do Rio de Janeiro, na divisa com Espírito Santo, por exemplo, está sendo fechada e a população vai ter que percorrer quase 100 quilômetros para ter um serviço bancário. Os funcionários realocados também terão um aumento absurdo no tempo de deslocamento”, denunciou
Certificação da Anbima – A COE cobrou a revisão das penalidades que estão sendo absurdamente impostas para os que não conseguiram os certificados necessários. “Apenas cerca de 5% dos funcionários do Itaú não têm a certificação, o que é baixo. Por isso, o banco poderia ajudar mais neste processo”, orientou. “O Itaú cobra que todos tenham certificado, mas têm muitos funcionários que já os tem e não possuem a carteira comercial”, finalizou. O tema será aprofundado nos próximos encontros.
GERA – O movimento sindical se comprometeu a apresentar uma proposta de mudanças para o banco no programa de remuneração GERA na próxima reunião, marcada para 5 de junho.