Sexta, 15 Março 2024 17:13

GT de Saúde do Itaú se reúne novamente

Foto: Nando Neves. Foto: Nando Neves.

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Imprensa SeebRio

Dirigentes de entidades sindicais bancárias, entre estas, o Sindicato dos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro, se reuniram nesta sexta-feira (15/3) com representantes do Itaú no Grupo de Trabalho que discute questões ligadas à Saúde, o GT Saúde. Logo na abertura os sindicalistas voltaram a cobrar avanços nas negociações das cláusulas 61 e 87 da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).

A 61 trata de prevenção de conflitos e assédio moral no local de trabalho e dos canais de denúncia. A 87 é referente ao estabelecimento de formas de acompanhamento das metas estabelecidas pelos bancos.

Os dirigentes bancários também fizeram questionamentos sobre o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO), Fluxo de afastamento e Programa de Retorno. O banco remeteu os pontos da Cláusula 61 e PCMSO para a mesa bipartite de saúde. Esta discute o tema abrangendo todos os bancos, numa negociação que está sendo feita entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Sobre a Cláusula 87, foi reivindicada a elaboração conjunta de um documento sobre acompanhamento de metas. O tema volta a ser debatido em outra oportunidade.

Problemas no afastamento

O Itaú apresentou o fluxo de afastamento, no qual o bancário cadastra seu atestado no IU Conecta para dar início a sua licença. Os dirigentes questionaram o banco sobre os que estão licenciados e não têm acesso ao aplicativo. O banco respondeu que o motivo do acesso ser cortado é falta de atualização cadastral para renovação de senha, feita a cada 60 dias.

“Por isso é muito importante a atualização do e-mail e telefone. Pelo IU, o bancário é comunicado da necessidade e a data da perícia agendada, como também recebe o Declaração do Último dia Trabalhado, a DUT, na data do último dia trabalhado”, salientou Valeska Pincovai. Maria Izabel Menezes, diretora do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, relatou a ocorrência de problemas sérios em relação aos bancários que dão entrada no pedido de licença que o INSS demora a responder e a marcar perícia, ficando, por isto mesmo, numa posição de insegurança. 

O banco alega que, no fluxo, todas as informações são repassadas. Os representantes sindicais disseram que os bancários continuam enfrentando problemas como desvio de documentação, data de DUT com erro, demora nas respostas dos problemas repassados ao banco e total falta de informação. O Itaú se comprometeu a trabalhar nas melhorias.

Os sindicalistas expuseram a necessidade de um atendimento humanizado para acolher o trabalhador. “Na hora do adoecimento, ele fica fragilizado e precisa desta atenção por profissionais especializados”, afirmou Valeska.

Também foram relatados problemas com o atendimento da Central de Pessoas. “Apontamos as falhas na comunicação e a necessidade da criação de uma cartilha do fluxo de afastamento, e o banco aceitou que façamos em conjunto. Também nos apresentaram uma página interna chamada Conexão Saúde, na qual estas informações são disponibilizadas”, explicou a dirigente sindical.

O GT ainda levou à mesa de negociação o problema que algumas bases estão enfrentando com os planos de saúde e ficou combinado que será definida uma data para realização do debate.

A próxima reunião terá como pauta a construção da cartilha de fluxo de afastamento e a apresentação das melhorias no Programa de Retorno Recomece.

“Apesar das melhorias na Área de Licenças, apresentadas pelo banco, o que chega para os sindicatos é um total descaso com as pessoas que adoecem que ficam sem informações e perdidas quando se afastam, por isso, a necessidade da melhoria na comunicação e acolhimento”, finalizou Valeska Pincovai.

 

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