Segunda, 19 Fevereiro 2024 19:56

Gestora do Itaú promove batalha feroz entre agências por metas e adoece bancários

Maria Izabel disse que o Sindicato vai intensificar a campanha contra o assédio moral e as metas desumanas no Itaú e que poderá formalizar denúncia no MPT Maria Izabel disse que o Sindicato vai intensificar a campanha contra o assédio moral e as metas desumanas no Itaú e que poderá formalizar denúncia no MPT

Que as metas desumanas impostas pelo Itaú estão adoecendo um número cada vez maior de bancários todo mundo já sabe. Mas a gestora da Regional 63 superou todos os limites no quesito pressão e assédio moral para atingimento dos resultados. O Sindicato do Rio tem recebido inúmeras denúncias dos funcionários de uma competição feroz, uma verdadeira batalha entre as agências, inclusive de outras regionais.
“Temos recebido denúncias de que os bancários estão sendo expostos e humilhados com a divulgação de ranking de metas em grupos de WhatsApp com os nomes de quem atinge os resultados e de quem não consegue atingir as metas”, disse a diretora do Sindicato e representante da COE (Comissão de Organização dos Empregados), Maria Izabel.
Várias instituições bancárias já foram condenadas pela Justiça por divulgação de ranqueamento de metas. A prática é proibida pela cláusula 39ª da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da categoria bancária.
“Segundo denúncias que recebemos, uma funcionária chegou a ter uma crise convulsiva devido a pressão. Não para de crescer o número de bancários adoecidos e em licença médica, inclusive sob medicação de tarja preta em função desta gestão desumana de imposição de metas”, acrescentou Izabel.
“Bancário não é lutador de MMA e nem soldado de guerra para ficar enfrentando verdadeiras batalhas entre si para atingimento de metas”, desabafa a dirigente sindical.

Denúncia ao MPT

Há ainda um número grande de denúncias de assédio moral praticado por uma Gerente Geral de Agência (GGA) na Regional 61. Mesmo com o caso sendo levado ao Ombudsman do banco, nenhuma providência é tomada pelo Itaú, havendo, no máximo, uma transferência de agência e até promoção de assediadores.
“O Itaú não apura as denúncias e os gestores continuam praticando assédio. A prática é institucional, faz parte do modelo de gestão do banco pressionar, humilhar e adoecer trabalhadores”, completou Izabel, anunciando que, caso o banco não tome providências para mudar esta situação, o Sindicato irá formalizar uma denúncia no Ministério Público do Trabalho.

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