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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Falta de segurança, pressão do Gera, agências de negócio, terceirização, demissões e diversidade. Estes foram alguns dos principais assuntos tratados na reunião da última quarta-feira (20/9) entre a Comissão de Organização dos Empregados (COE) e a representação do Itaú, na sede do banco, em São Paulo. Devido ao agravamento da situação, segurança e Gera serão foco de negociações em separado.
A intenção da rodada sobre segurança é abordar preocupações e implementar medidas para melhorar a segurança nas agências bancárias. Um dos primeiros encontros será uma visita a Central, para conhecer toda a operação.
Em relação ao Gera serão tratadas questões relacionadas ao programa como um todo e casos específicos em regiões da Bahia e Pernambuco, onde há denúncias e levantamento dos sindicatos. Serão aprofundadas também questões já discutidas na reunião de quarta-feira, como as diferenças entre o programa GERA e o que foi chamado de ‘GERINHA’, que envolve ‘desafios semanais’ e cobranças no celular. O Itaú está acompanhando de perto essa iniciativa e a vê como uma maneira de incentivar e motivar os funcionários.
“Apesar de o banco ver como uma maneira de incentivar os trabalhadores, esta não é a realidade. Estão sendo cobrados de uma maneira absurda com exposição e premiação com chocolates”, afirmou Jair Alves, coordenador da COE. O banco ficou de conversar com a diretoria e rever estas práticas. Nova reunião sobre o tema será marcada para outubro.
Metas
Também foi debatida a cláusula 87, que trata de metas e alterações durante o exercício, bem como a orientação aos gestores. Os representantes dos trabalhadores cobraram avanços.
Outros pontos debatidos incluíram a cultura de valores do banco, o Mapa da Diversidade, que busca aumentar a representatividade de mulheres em cargos de liderança, e a questão das agências que foram fechadas.
“A COE espera que o diálogo com a direção do Itaú continue de forma construtiva, abordando questões cruciais para os trabalhadores e para o futuro da instituição financeira”, ressaltou Jair.
Mapeamento
A COE aproveitou a oportunidade para realizar um mapeamento do banco, para compreender a estrutura organizacional e as informações detalhadas sobre cargos e postos de trabalho em todo o Brasil. Para isso, pediu todas as informações sobre os funcionários, por raça, gênero e o total de funcionários PCD na empresa.
Outro assunto tratado é o projeto de Agências de Negócios, que está sendo intensificado nas regiões de São Paulo, Campinas e Goiânia. A COE buscou esclarecimentos sobre a possível expansão desse projeto para outras regiões do país.
A questão da terceirização também foi debatida, com um foco maior em São Paulo. A COE buscou informações sobre os serviços terceirizados, as empresas envolvidas e as condições de trabalho dos funcionários terceirizados, incluindo salários e benefícios.
Demissões e Redecard
Além disso, a COE discutiu a representação dos sindicatos e da Contraf-CUT nas empresas do grupo Itaú, como na Redecard. “Esse ponto é fundamental para garantir que os interesses dos trabalhadores sejam devidamente representados”, salientou Jair Alves, coordenador da Comissão de Organização dos Empregados do Itaú.
A possibilidade de demissões nos próximos meses também foi abordada durante a reunião, e a comissão buscou esclarecimentos sobre qualquer movimentação nesse sentido. A representação do banco afirmou que os desligamentos ocorrem por motivos como problemas de comportamento, desempenho, aposentadorias, entre outros. Também enfatizou que o banco mantém uma força de trabalho constante, com cerca de 90 mil empregados, e está investindo em admissões e promoções.
*Com informações da Contraf-CUT.