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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Funcionários e funcionárias da agência Frei Caneca do Itaú, na Rua do Santana, Centro do Rio, que sofreu uma tentativa de assalto na última quarta-feira (13), passaram por momentos de pânico na unidade. Três homens, um deles vestido com uniforme da Comlurb, invadiram a agência. Moradores da região disseram ter ouvido trocar de tiros.
O gerente foi rendido pelos bandidos e obrigado a abrir os caixas para entregar o dinheiro, sob ameaças dos assaltantes, sofrendo coronhadas na cabeça. Outro empregado teve uma arma apontada na cabeça durante a ação.
"O episódio foi traumático para os bancários. O banco precisa emitir a CAT [Comunicação de Acidentes do Trabalho] para todos os empregados da unidade, até porque foram tomados como reféns. É necessário também que o Itaú garanta assistência psicológica aos funcionários, que não estão em condições de trabalhar neste momento," disse o diretor do Sindicato, Renato Higino, lembrando que este não é o primeiro caso de tentativa de assalto na agência.
"Não basta a emissão da CAT para gerar a estabilidade por acidente de trabalho. Os bancários precisam passar pela perícia do INSS para caracterizar o acidente de trabalho típico, informando o dia, hora e local do ocorrido", explicou Higino.
"Se o banco se negar a emitir a CAT, o Sindicato o fará como representante legal da categoria", completou.
Segundo assalto
Este não é o primeiro caso de assalto na unidade Frei Caneca. Os bancários relataram que, em agosto do ano passado, esta mesma agência sofreu um assalto com as mesmas características.
O Sindicato criticou ainda o corte de investimentos em segurança por parte dos bancos e também o fracasso da política de segurança do governador Cláudio Castro (PL) que tem matado trabalhadores e até crianças nas favelas e a violência não para de crescer no Estado.
André Spiga, diretor do Sindicato, voltou a criticar a falta de investimentos em segurança no setor bancário.
"Não é de hoje que temos denunciado a redução de vigilantes, portas giratórias e outros equipamentos de segurança. Os bancos têm feito exatamente o contrário acabando com portas giratórias e reduzindo o número de vigilantes", declarou Spiga, que é do coletivo nacional que trata da segurança no setor financeiro.