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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Nesta quinta-feira (13/4), os dirigentes da Comissão de Organização dos Empregados (COE) se reuniram com representantes do Itaú, na sede da Contraf-CUT, em São Paulo. Na negociação trataram de temas importantes para os funcionários, entre eles, diversidade e igualdade de oportunidades, saúde e condições de trabalho.
Segundo matéria publicada no site da Contraf-CUT sobre e negociação, o banco fez a apresentação de seu programa corporativo de diversidade e inclusão, em especial voltado para questões relacionadas a gênero, raça, pessoas com deficiência (PCD) e população LGBTQIA+. Os principais pontos têm sido parte permanente da pauta de negociação com o movimento sindical bancário.
O texto relata que os representantes do Itaú disseram que o banco investe em combate à violência de gênero, com prevenção, apoio e acolhimento das vítimas, por exemplo. Outra iniciativa busca garantir segurança psicológica para a autodeclaração de pessoas LGBTQIA+. Em todos os casos, são feitos eventos, campanhas e estímulo para que vítimas de violência ou preconceito recorram aos canais internos de atendimento.
Perspectivas
Maria Izabel Menezes, dirigente da COE e do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, logo após a apresentação, avaliou que para que o programa dê certo, é fundamental garantir o engajamento educativo dos funcionários, sobretudo dos gestores.
“É um programa pioneiro e ousado nesta área, mas cobramos do banco que oriente os gestores a cumpri-lo, respeitando a diversidade. Não adianta ter um programa bonito, mas que, na prática, nas agências, os gestores não o sigam, e, que, ao contrário, tenham um tratamento discriminatório”, ponderou.
Adilson Barros, da executiva da Contraf-CUT, avaliou o programa na questão de igualdade de oportunidades, melhor do que muitas empresas. No entanto, argumentou que com relação à população LGBTQIA+, o respeito à identidade visual deve receber muita atenção, desde o momento do processo seletivo do candidato. Para o dirigente, que também é militante LGBTQIA+, trata-se de um obstáculo, um item inclusive de exclusão já no processo seletivo.
“Muitas vezes, a identidade visual é fator de isolamento no ambiente de trabalho, seja entre os colegas ou mesmo de repulsa de cliente em ser atendido por um homem gay muito feminino ou uma mulher lésbica muito masculina. Isso precisa acabar, todos têm o direito de manifestar quem são, e a empresa tem que se comprometer com isso”, completou.
Para o coordenador da COE, Jair Alves, todos os pontos tratados estão na pauta do movimento pelo menos desde 1998 e são fundamentais. Afirmou que o banco tem um programa estruturado no tema e que o movimento está disposto a trabalhar junto com o banco em busca de todas as condições de igualdade de oportunidades, para a construção de um ambiente de trabalho cada vez mais inclusivo e respeitoso com todos.
Saúde e condições de trabalho
A matéria da Contraf-CUT explica que na pauta de saúde e condições de trabalho, tiveram destaque a retomada do trabalho presencial do Grupo de Trabalho (GT) de Saúde e a solução do problema de atrasos nas perícias de funcionários afastados. Ficou definido que a COE irá apresentar a sua pauta sobre o tema, com as demandas atuais pós-pandemia de covid-19, na próxima reunião do GT, que está em fase de agendamento.
O texto explica, ainda que as dificuldades no agendamento no INSS das perícias de funcionários afastados por questão de saúde serão enfrentadas em conjunto pelas duas partes. “Os representantes dos trabalhadores informaram que foi entregue à Superintendência do INSS em São Paulo uma carta, elaborada pelo Coletivo Nacional de Saúde, solicitando a solução do problema. O banco anunciou que levará a questão para a Federação Nacional do Bancos (Fenaban). O objetivo seria construir uma solução com as três partes: movimento, banco e Previdência Social”, diz a matéria.
Atualização de dados
O site da Contraf-CUT explica que alguns funcionários afastados estão com a perícia travada por conflitos de dados em seus cadastros no RH do banco e no INSS. Por isso, esses bancários devem atualizar suas informações nos dois locais.
Acrescenta que, na negociação, o banco informou que está se comunicando com eles por e-mail e SMS e disponibilizando canais para a solução desse problema. A COE classificou a iniciativa como fundamental, pois a partir de maio esses casos passarão por medidas mais severas, inclusive com a suspensão dos pagamentos. Os representantes dos trabalhadores também se comprometeram a usar todos os canais de comunicação sindical para alertar esses trabalhadores.
Para a coordenadora do GT de Saúde, Luciana Duarte, a reunião foi fundamental para a retomada das negociações da pauta de saúde de forma regular, pois, desde a pandemia, a crise sanitária teve que ser o centro das discussões. “O GT atualizará sua pauta, com os problemas da categoria, com atenção para a solução dos problemas hoje existentes no INSS para a realização das perícias dos trabalhadores”, adiantou.