Olyntho Contente

Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

“Este é o pontapé inicial de uma série de protestos contra a política injustificada do Itaú de fechamento de agências e de demissões, mesmo tendo tido um aumento de 14,5% do seu lucro no ano passado, atingindo mais de R$ 30,78 bilhões”. A afirmação foi feita nesta terça-feira (11/4), por Maria Izabel Menezes, dirigente do Sindicato e da Comissão de Organização dos Empregados (COE), durante manifestação nas agências do banco na Avenida Rio Branco e Buenos Aires.

Lembrou que a atividade foi feita no Dia Nacional por Menos Meta e Mais Saúde. A data foi criada para denunciar a relação entre a pressão por metas e o aumento do adoecimento na categoria bancária.

“Não vamos aceitar o comportamento do Itaú que vem fechando agências, demitindo mães e pais de família e aumentando a sobrecarga de trabalho e o adoecimento psíquico e físico sobre os que ficam”, disse, adiantando que as manifestações vão continuar. Criticou o banco por fazer um jogo de cena, transferindo funcionários de agências fechadas para outras, para, em seguida, demiti-los.

“E estão sendo atingidos pelas demissões justamente os que garantiram para o banco com o seu trabalho o crescimento expressivo do lucro. O Itaú deveria, ao contrário, valorizar estas pessoas, realocando a todos em outras unidades”, defendeu. Mas ao invés disto, usa estes funcionários altamente capacitados até a exaustão, para substituí-los por novos, com menores salários.

“Conversamos com os bancários e bancárias durante o atraso que fizemos do início do expediente. Vamos continuar as mobilizações e a conversa também com os clientes que estão vendo aumentar o tempo de espera por atendimento, ao mesmo tempo que as tarifas mantêm seus valores, o que ajuda a aumentar o lucro através da exploração dos correntistas”, lembrou Maria Izabel. Adiantou que está sendo feito um levantamento do número de agências fechadas e de demissões.