Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

O Departamento Jurídico do Sindicato dos Bancários do Rio conseguiu mais uma vitória na Justiça Trabalhista, desta vez impondo outra derrota ao banco Itaú. A entidade sindical conseguiu a reintegração do bancário Melke Barbosa Canuto, com a decisão de um recurso tomada pela desembargadora Giselle Bondim Lopes Ribeiro, do Tribunal Reginoal do Trabalho do Rio de Janeiro, contrariando a sentença em primeira instância dada pela juíza Juliana Pinheiro de Toledo Piza, da 41ª Vara de Trabalho.

A magistrada reconheceu que o bancário comprovou não estar em condições de saúde para o trabalho no momento da demissão, inclusive tendo recebido o benefício do INSS (B-31), “o que demonstra que o contrato deveria ter sido suspenso”, pois o trabalhador “encontrava-se doente no momento da dispensa”.

Foi importante também a emissão da CAT (Comunicação de Acidentes de Trabalho) emitida pelo Sindicato.

“Parece incrível, mas o Itaú demite funcionários que se encontram adoecidos, em licença médica, justamente por causa da pressão e sobrecarga de trabalho que sofrem em função de metas desumanas e, muitas vezes, até com assédio moral por parte do banco”, disse a diretora do Departamento Jurídico do Sindicato, Adriana Nalesso.

Importância de ser sindicalizado

O funcionário reintegrado agradeceu a atuação do Sindicato que garantiu seu vínculo empregatício e todos os direitos trabalhistas e falou da importância de ser sindicalizado.

“Estou muito satisfeito com o resultado do processo. Estava sendo vítima de uma injustiça, mas o Sindicato me proporcionou essa vitória. É muito importante ser sindicalizado para podermos lutar por nossos direitos”, declarou Melke.

Trabalho em conjunto

O diretor da Secretaria de Saúde do Sindicato, Edelson Figueiredo, destacou que, enquanto os bancos insistirem em prejudicar a categoria e demitir irregularmente, o movimento sindical agirá com todos os meios legais para garantir os direitos dos bancários.

“As áreas jurídica e de saúde de nossa entidade sindical têm trabalhado em conjunto para identificar a real situação do bancário no momento da demissão, verificando se há irregularidades no processo de desligamento para recuperarmos o emprego e todas as garantias do trabalhador prejudicado”, afirmou. O advogado do processo foi Marcus Varão, do corpo jurídico do Sindicato.