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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Além de paralisar suas atividades nesta sexta-feira (29/1), em todo o país (veja matéria clicando aqui), os funcionários do Banco do Brasil fizeram protestos de rua denunciando os reais motivos que levaram o governo Bolsonaro a anunciar um plano que desmonta a rede de agências do BB, como abrir espaço para que os bancos privados seus concorrentes ampliem seus negócios. Atores da Cia de Emergência Teatral, durante ato em frente à agência da Avenida Rio Branco, esquina com Rua da Assembleia, ironizaram Bolsonaro por alegar que o desmonte vem para reduzir as despesas do banco, mas gastar R$ 15 milhões do Orçamento da União na compra de leite condensado.
Para agravar os prejuízos causados pelo que o governo chama de ‘reestruturação’, a intenção covarde é desmantelar o BB justamente num momento de pandemia em que a população e a economia do país mais precisam do banco. O desmonte ignora as necessidades da população que passará ainda mais tempo nas filas. A retomada da economia no pós pandemia também será prejudicada com a redução do tamanho do BB.
Cidades ficarão sem agência
Em milhares de municípios a agência do banco é a única existente. Com o desmonte, vários deles ficarão sem ter como fazer operações bancárias ou obter crédito. O plano reduz ainda a capacidade do BB de financiar a retomada do crescimento econômico, pós-pandemia.
A alegação do governo é a mesma feita quando ataca o setor público – hospitais, Previdência Social, Correios, Petrobrás: cortar custos. Uma argumentação mentirosa que esconde a sua real intenção que é a de passar para o setor privado atividades altamente lucrativas que vêm sendo sucateadas, deixando a população e o país sem um serviço público essencial.
A privatização tem outros aspectos negativos: descapitaliza o Estado brasileiro, corta investimentos públicos aumentando o desemprego, a miséria, a desindustrialização e a dependência econômica. Com as privatizações o Brasil fica ainda mais à mercê dos países desenvolvidos, principalmente dos Estados Unidos, intenção que o governo Bolsonaro sempre deixou evidente.
Bolsonaro é imoral
O governo de Jair Bolsonaro gastou mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos em 2020. Um dos itens que mais chamou a atenção foi o gasto de mais de R$ 15 milhões com leite condensado. Um dos pratos preferidos do presidente é comer o produto com pão.
As informações são do (M) Dados, do portal Metrópoles. O Executivo federal também gastou mais de R$ 2,2 milhões com chicletes, R$ 32,7 milhões com pizza e refrigerante e R$ 6 milhões com frutos do mar. O órgão que teve mais gastos foi o Ministério da Defesa, que gastou R$ 632 milhões com alimentos, incluindo mais de R$ 2 milhões só com vinhos.
Reportagem do UOL mostrou que os dados apresentados pelo Metrópoles levaram em consideração apenas as contratações feitas em 2019 e pagas em 2020. Considerando o que foi efetivamente pago em 2020, os valores são diferentes: R$ 20,2 milhões em leite condensado, R$ 10,5 milhões em bombons, R$ 48,6 milhões em refrigerantes.