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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Caixa Econômica Federal teve de mudar a sua direção e presidência após as denúncias de assédio sexual e moral que recaem sobre o ex-presidente da estatal, Pedro Guimarães, tendo Daniella Marques assumido o banco. No entanto, os empregados percebem que a política adotada pela empresa para com os empregados não mudou. A Comissão Executiva dos Empregados da Econômica Federal (CEE-Caixa) voltou a recusar, em mesa de negociação, a proposta sobre teletrabalho apresentada pela direção do banco, em reunião nesta terça-feira (23), que terminou sem avanços. O banco insistiu em condicionar o acordo de teletrabalho à criação de banco de horas para empregados que trabalhem presencialmente, absurdo que a empresa já havia proposto na mesa de negociação do último dia 16 de agosto.
Imbróglio inaceitável
Querer embutir banco de horas para empregados do presencial na negociação de teletrabalho é uma manobra que não vamos aceitar em hipótese alguma”, disse o diretor do Sindicato do Rio, Rogério Campanate.
O banco cai mais uma em contradição, pois em negociações realizadas anteriormente, ficou combinado entre as partes que não seria criado banco de horas e o movimento sindical cobra para que os empregados que estão no presencial recebam pelas horas trabalhadas a mais.
“A Caixa quer criar banco de horas para o presencial porque há sobrecarga de trabalho. Ao invés de contratar mais para não haver necessidade de os empregados trabalharem além do horário, estão querendo normalizar a sobrecarga sem ter que pagar pelas horas trabalhadas”, acrescentou Campanate.
Garantia dos direitos
A CEE propõe para os empregados que estão em teletrabalho, a garantia de todos os direitos dos bancários que trabalham presencialmente, inclusive o registro de ponto, a remuneração das horas extras, além dos demais itens previstos na minuta entregue à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), que inclui a ajuda de custo pelos gastos hoje assumidos pelos trabalhadores que exercem suas atividades profissionais em casa, como energia elétrica, internet e água, entre outras despesas.
Campanha ilegal
Antes do início da reunião, a CEE denunciou a presidenta da Caixa Econômica Federal, Daniella Marques, de estar usando os empregados do banco para fazer campanha eleitoral para o presidente da República, Jair Bolsonaro. De acordo com os representantes dos trabalhadores, os empregados estão sendo assediados a enviar liberação do uso de imagem para a campanha. Segundo os bancários, a mesma prática era feita pelo ex-presidente da empresa, Pedro Guimarães.