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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
A política de desmonte e privatização fatiada imposta pelo governo Bolsonaro fez com que caísse em 27,9% o lucro da Caixa Econômica Federal, R$ 4,4 bilhões, nos seis primeiros meses do ano, se comparado com o do mesmo período de 2021. O lucro daquele ano foi inflado pela venda da Caixa Seguridade (R$ 1,5 bilhão) e do Banco Pan (R$ 1,9 bilhão).
A redução do resultado dos seis primeiros meses deste ano foi também impactado negativamente pela ausência da receita destes dois importantes ativos entregues ao setor privado. Sem as receitas desses negócios, os resultados do primeiro semestre foram bastante inferiores, afinal o setor da seguridade respondia por grande parte do resultado da instituição até então.
No período, a Caixa usou créditos tributários, sem os quais a queda no lucro teria sido ainda maior. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido do banco (ROE) ficou em 9,55%, com acentuada queda de 9,46 pontos percentuais.
No período de doze meses, a Carteira de Crédito Ampliada da Caixa teve alta de 13,7%, e totalizou R$ 928,2 bilhões; no segmento de pessoas físicas, de 23,2% (R$ 127,3 bilhões); e no de pessoas jurídicas, de 8,2% (R$ 81,3 bilhões).
Com saldo de R$ 595,2 bilhões e participação de 64,1% na composição do crédito total, o crédito imobiliário cresceu 11%. As operações de saneamento e infraestrutura foram 2,2% maiores, e somaram R$ 93,6 bilhões. O maior destaque foi do crédito rural, que saltou 202,3%, totalizando R$ 30,8 bilhões.
As receitas de prestação de serviços e de tarifas bancárias alcançaram R$ 12,2 bilhões no primeiro semestre de 2022, com crescimento de 5,49% em doze meses. As despesas de pessoal, já incluída a PLR, somaram de R$ 12,9 bilhões, com crescimento de 4,39%. Assim, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 94,45% no semestre.
Após forte atuação da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a Caixa atendeu ordem judicial para convocação de aprovados em concurso de 2014 e preencheu 2.639 postos de trabalho em doze meses e encerrou o primeiro semestre de 2022 com 86.901 empregados e empregadas. Ao mesmo tempo, o banco captou 3,3 milhões de novos clientes. Com isso, cada empregado ou empregada passou a ser responsável, em média, por atender 1.714,4 clientes. Em comparação ao primeiro semestre de 2021, não foram fechadas agências e foram abertos 67 postos de atendimento, 384 unidades de Caixa Aqui e 75 casas lotéricas.
*Com informações da Contraf-CUT.