Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

A negociação do item sobre teletrabalho da minuta específica de acordo, nesta sexta-feira (12/8), entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e a Caixa Econômica Federal acabou não acontecendo. O banco disse que só tratará do tema após ser definido na mesa única de negociação, entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

“Ontem, a mesa da Fenaban não definiu a questão das regras de teletrabalho. O tema será retomado com os bancos na negociação marcada para dia 15. A Caixa, então agendou a nossa para 16, quando trataremos do assunto”, explicou Rogério Campanate, da CEE e diretor da Secretaria de Bancos Públicos do Sindicato.

Assédio

A CEE cobrou da Caixa que providências tinha tomado em relação às graves denúncias de assédio. Os representantes do banco informaram não ter as informações, pois o processo corre em sigilo na CORED (corregedoria interna). A CEE ressaltou a necessidade de que a apuração seja eficaz e ágil.

Apontou, ainda, diversos problemas no programa ‘Caixa para Elas’, que se “veste” de ação social, mas que, na prática, é mais um instrumento para cobrança de metas (sobre a venda de produtos para as mulheres que procuram esse atendimento para que sejam ‘empreendedoras’).

A CEE questionou a sobrecarga de trabalho nas agências digitais que receberam a migração de atendimentos das agências físicas sem a mão-de-obra necessária para absorver a nova demanda. Esta situação vem gerando adoecimento dos empregados em prazo curtíssimo (três a quatro meses), uma vez que agravaram as condições de trabalho que já eram precárias.

A Caixa alegou ter havido melhora na qualidade do atendimento. No entanto não consultou os empregados envolvidos no. processo, que haviam recebido a informação de que haveria reforço de lotação nas unidades, mas que, até o momento, não viram a realidade ser coerente com as informações da empresa.