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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Olyntho Contente*
Imprensa SeebRio
Protestos nas principais cidades do país marcaram o Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Itaú, nesta quinta-feira (14/7). Ao contrário da imagem que tenta vender ao público em sua publicidade, o banco age com desumanidade e ganância, já que continua lucrando alto, seja com juros e tarifas exorbitantes, cobradas aos clientes, seja através das demissões que só tem se ampliado nacionalmente.
No Rio de Janeiro houve manifestação nas agências da Avenida Rio Branco, Buenos Aires e Mercado das Flores. “Aqui o número de demissões se ampliou, apesar do lucro no primeiro trimestre ter crescido 15% em relação ao ano passado. Somente nesta quarta e quinta-feira foram quatro, atingindo, sobretudo, bancários reintegrados porque haviam sido demitidos durante a pandemia o que rompia o compromisso do banco em manter os empregos. Em São Paulo, foi anunciado um processo de reestruturação, nos setores de consignado e financiamento de veículos. Não vamos admitir que este processo desumano continue”, afirmou Izabel Menezes diretora do Sindicato e membro da Comissão de Organização dos Empregados (COE).
A dirigente frisou que o Itaú se recusa a dialogar, preferindo agir de forma autoritária sem discutir alternativas com o movimento sindical bancário. “Quando foi aberto diálogo em São Paulo, 90% das demissões foram evitadas com a realocação. Mas quando a diretoria do banco se arvora a fazer o que quer arbitrariamente joga mães e pais de família no desemprego uma prática de gestão da idade da pedra que beira a insanidade”, desabafou.
O presidente do Sindicato, José Ferreira, condenou as demissões em massa e lembrou que na próxima semana a COE fará uma reunião para avaliar as mobilizações deste dia de protestos. No encontro será decidido, ainda, quais serão os próximos passos da luta pelo fim das dispensas.
Em São Paulo
No dia 4 de julho o banco anunciou a automação da Diretoria de Operações Centralizadas e da Diretoria de Negócios ItauCred Veículos, que tem gerado muitas demissões. O banco deu o prazo de apenas 15 dias para a área de consignado e 60 dias para área de veículos realizarem a realocação dos funcionários, período em que o bancário terá que se candidatar a uma vaga e passar por processo seletivo interno, para só depois ter o retorno se foi aprovado ou não. Isso se houver vagas disponíveis.
“Essa medida claramente desumana vai gerar mais dispensas que já vinham sendo executadas pelo banco. Além disso, foram encerradas 211 unidades do banco, entre janeiro e maio de 2022. Com a atitude tomada neste momento, o banco desrespeita o processo negocial da mesa da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos). Exigimos que o Itaú suspenda as demissões e volte a negociar junto a Contraf-CUT e COE Itaú”, afirmou Jair Alves, da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.
“O Itaú é o banco que mais lucrou no primeiro trimestre de 2022. Foram R$ 7,3 bilhões nos três primeiros meses do ano, uma alta de 15,1% em relação ao mesmo período de 2021. Mesmo com estes lucros astronômicos e consecutivos, com ou sem crise econômica ou sanitária, o banco continua demitindo e fechando postos de trabalho. Não podemos e não vamos admitir isso”, completou o coordenador.