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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Sindicatos de todo o país realizaram nesta terça-feira (5), manifestações exigindo uma investigação séria e independente contra os casos de assédio sexual e moral que envolvem o ex-presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, que pediu dispensa após denúncias de funcionárias que teriam sofrido assédio sexual por parte do executivo, aliado político do presidente Jair Bolsonaro (PL). No Rio, o protesto aconteceu na unidade do Leblon, Zona Sul da cidade, onde atualmente funciona a superintendência da empresa na capital.
"O assédio moral característico da gestão de Pedro Guimarães é denunciado há muito tempo pelos sindicatos e agora tivemos essas mulheres corajosas, denunciando também o assédio sexual. Diversas entidades realizaram pesquisas que comprovaram o adoecimento dos empregados em razão dessa gestão que impõe o terrorismo psicológico. Os sindicatos repassaram as denúncias à empresa mas nada foi feito", disse o diretor do Sindicato do Rio, Rogério Campanate.
Casos não param de crescer
O número de denúncias de toda a forma de assédio não para de crescer após o caso de Pedro Guimarães, que repercute em toda a mídia. O vice de negócios de Atacado, Celso Leonardo Barbosa, um dos principais auxiliares de Guimarães que também é citado pelas vítimas no processo de investigação pediu desligamento do banco. A nova presidenta da Caixa, Daniella Marques, demitiu ainda o vice de logística, Antonio Carlos Ferreira e mais seis funcionários.
A vice-presidenta do Sindicato Kátia Branco, que participou do ato, lembra que o problema não é uma exclusividade da Caixa e que as mulheres precisam ter coragem de denunciar, como fizeram as trabalhadoras da estatal.
“Nós sabemos que o assédio sexual é uma realidade hoje nos locais de trabalho. As mulheres precisam se organizar e denunciar porque assédio é crime”, destacou.
Adriana Nalesso, presidenta da Federa RJ (Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores no Ramo Financeiro do Estado do Rio de Janeiro) lembrou que o Departamento Jurídico do Sindicato tem um canal para denúncias e apoio às mulheres vítimas de violência física e psicológica, seja no lar ou no local de trabalho. As denúncias podem ser feitas pelo WhatsApp (21) 98013-0042.
A atividade contou com a participação do vereador Reimont (PT).