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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, está diante de uma forte reação na sociedade e de uma campanha dos Bancários nas redes sociais e poderá cair do cargo nos próximos dias ou mesmo ainda na manhã desta quinta-feira-feira (29). Segundo o blog 247 o presidente Bolsonaro já teria substituído o amigo e aliado por Daniella Marques, chefe da Secretaria de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia. O governo ainda não oficializou a troca. Nesta quinta (29) Guimarães, acompanhado da esposa, participou de evento do banco normalmente e não tocou no assunto das denúncias, limitando-se a dizer que "sempre teve uma vida ética".
As denúncias de funcionárias da Caixa, divulgadas na imprensa, não mostram o valor ético declarado por Pedro Guimarães. Depoimentos falam que o investigado dava "abraços constrangedores" nelas e "passava a mão nas regiões íntimas".
O ainda presidente da Caixa enfrenta uma gravíssima acusação: funcionárias da empresa denunciam o denunciaram por assédio sexual em viagens e eventos da estatal. A denúncia inclui ainda a prática de assédio moral, uma realidade hoje na empresa.O movimento sindical já havia acusado o executivo de humilhar funcionários, obrigando os trabalhadores a fazer “flexões como soldados” em evento público, gerando grande constrangimento e revolta entre os bancários.
Na manhã de hoje, o movimento sindical bancário liderou um tuitaço exigindo a renuncia de Pedro Guimarães, utilizando as hastags #ForaPedroGuimarães, #AfastamentoJá e #ApuraçãoAssedioPG.
Os casos denunciados já estão sendo investigados pelo Ministério Público Federal.
Laço estreito com Bolsonaro
Guimarães é um dos aliados mais próximos de Jair Bolsonaro (PL). Sempre visto ao lado do chefe em eventos e lives ele vinha sendo sondado até como um dos nomes cotados para ser vice na chapa para reeleição do presidente da República e por seu engajamento político é também acusado de usar o banco para fazer campanha política.
Aliás, autocontrole, discrição e respeito não são o forte de Pedro Guimarães. Matérias publicadas na imprensa revelam que o atual presidente da Caixa foi demitido do Santander "por ter um machucado um colega" numa festa do banco espanhol.
“A acusação de assédio sexual é extremamente grave. Todo mundo tem o direito de se defender na Justiça, mas é preciso que ele saia imediatamente do cargo e o governo não interfira nas investigações, pois Bolsonaro é muito conhecido nos bastidores por tentar interferir em investigações para proteger seus aliados e familiares, como no caso da acusação de propinas envolvendo o ex-ministro da educação, Milton Ribeiro e vários outros pastores e nas denúncias contra seus filhos, Flávio, Carlos Eduardo e Renan, estes com acusações que vão desde a prática de peculato, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro até tráfico de influência. A cada dia temos uma notícia desastrosa deste trágico governo, como se não bastasse a maior crise econômica das últimas décadas agravada pela incompetência da política recessiva do ministro Paulo Guedes. Não é por acaso que o presidente da Caixa Pedro Guimarães é tão criticado por nós do movimento sindical”, disse o diretor do Sindicato dos Bancários do Rio, Rogério Campanate.