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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A direção da Caixa Econômica Federal na gestão de Pedro Guimarães comete uma lambança atrás da outra, na avaliação das entidades sindicais. Primeiro pagou valores com enormes disparidades a empregados de uma mesma unidade. Após a injustiça ser denunciada pelo movimento sindical, a empresa foi obrigada a promover alterações no Ciclo 2021 do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e no mecanismo de “curva forçada”.
Mas o banco continua a fazer trapalhadas que sempre prejudicam os bancários: agora a Caixa quer que empregados devolvam parte dos recursos recebidos. O banco chegou a criar um sistema para que os próprios gerentes indiquem a quantidade de parcelas para a devolução dos recursos.
“Não vamos aceitar mais esta lambança. Não faz sentido mandar os gerentes devolverem parte do que receberam. Estamos avaliando todas as medidas cabíveis que vamos tomar, inclusive no campo jurídico, se necessário”, afirma o diretor do Sindicato do Rio, Rogério Campanate.
Política unilateral
O bônus Caixa é uma política que foi instituída unilateralmente pela Caixa, sem qualquer discussão com os sindicatos e entidades representativas dos empregados. “Temos cobrado do banco uma reunião para debater o bônus com os empregados. Queremos definir, em conjunto, os critérios para o pagamento e que o bônus Caixa seja pago para todos os empregados, independentementes da função, sem prejuízo para quem já recebeu”, acrescenta Campanate.
Os sindicatos defendem o pagamento de uma PLR (Participação dos Lucros e Resultados) forte para todos ao invés deste modelo de bônus. Este será um dos temas do Encontro Estadual da Caixa e do Conecef (Conferência Nacional dos Empregados da Caixa).
“Além de toda esta confusão, o problema é que este modelo subjetivo de bônus se torna um instrumento para o banco pressionar pelo cumprimento de metas abusivas, aumentando o assédio moral. A empresa define, ao seu bel prazer, quem vai receber”, disse o diretor do Sindicato, Paulo Matileti.