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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A pressão dos empregados da Caixa, através dos sindicatos e entidades de representação e associativa, fizeram a direção do banco promover alterações no Ciclo 2021 do programa de Gestão de Desempenho de Pessoas (GDP) e no mecanismo de “curva forçada”. A conquista vem após a empresa pagar o bônus Caixa com enorme disparate até entre bancários de uma mesma unidade. Os sindicatos consideram o calote e a incompetência, marcas da atual gestão de Pedro Guimarães.
“Não bastasse a incompetência da gestão de pessoas de Pedro Guimarães, que até mesmo pagando “bônus” gerou insatisfação geral. Diversos ganhadores da campanha #TamoJunto9Bi, de 2018 - premiação em 2019 - até hoje não receberam seus prêmios. Resta saber se o presidente da Caixa criticará a gestão anterior, já que Temer não raramente se coloca como conselheiro de Bolsonaro”, critica o diretor do Sindicato do Rio, Rogério Campanate.
O também diretor do Sindicato e presidente da Apcef-RJ, Paulo Matileti também criticou a direção do banco. “A confusão que a direção da Caixa fez é um misto de incompetência da gestão do Pedro Guimarães, típica do governo Bolsonaro, com a tentativa de criar um modelo de bonificação aos empregados para enfraquecer o movimento sindical e a nossa luta pela PLR, mas eles deram com os burros n’água, pois trouxeram insatisfação em todo o quadro de funcionários”, afirma.
Mais assédio e pressão
O movimento sindical critica o mecanismo de “curva forçada”, introduzido pela atual administração no GDP e a falta de transparência nos métodos de avaliação que desqualifica o trabalho realizado pelos empregados, além de permitir mais assédio moral e pressão pelo cumprimento de metas desumanas.
O mecanismo de “curva forçada” havia classificado 65% do quadro ‘de razoável para ruim’. Limitava ainda a 5% o número de empregados, de todos os grupos, que poderiam ser avaliados com desempenho “excelente” e 30% com “excelente” e “superior”. Os sindicatos consideram o modelo retrógrado e que já foi abandonado até pela iniciativa privada nos anos 80, por não conseguir melhorar o desempenho dos trabalhadores e ter sido usado como instrumento para reduzir a remuneração, potencializar o assédio moral e justificar demissões.
O movimento sindical defende que o GDP promova um modelo baseado na solidariedade e na busca coletiva por melhores resultados e não como ocorre atualmente, priorizando o individualismo e criando a competição entre os trabalhadores.