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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
O Sindicato dos Bancários do Rio realizou nesta quinta-feira, 3 de fevereiro, um protesto para exigir medidas mais eficientes de prevenção à Covid-19 e em defesa da vida dos empregados da Caixa Econômica Federal. Os bancários cobram ainda melhorias no atendimento do plano de assistência dos trabalhadores da empresa. Com a sobrecarga do sistema público de saúde, os funcionários passaram a encontrar mais dificuldade também no Saúde Caixa.
A atividade fez parte do Dia Nacional de Luta e contou com manifestações em todo o país. O movimento sindical está preocupado com a explosão de novos casos da variante Ômicron que tem tido um crescimento exponencial na categoria.
Descaso e negacionismo
No Rio, dirigentes sindicais estiveram em agências da Avenida Passos, no Centro, e Praça Saens Peña, na Tijuca, na Zona Norte, dialogando com os empregados da Caixa que deram total apoio à manifestação e disseram estar preocupados com a falta de cuidados da direção do banco para com a grave questão sanitária.
“Os bancos não podem colocar os lucros acima da vida. No caso da Caixa está claro que o presidente da empresa, Pedro Guimarães, age em sintonia com o negacionismo e o descaso do presidente Jair Bolsonaro para com a preservação da vida”, criticou a presidenta em exercício do Sindicato, Kátia Branco.
O Sindicato distribuiu uma carta aberta à população destacando a importância da prevenção à Covid-19.
“Chamamos a atenção para o momento delicado que estamos vivendo, dos cuidados redobrados que devemos ter com as variantes, especialmente a quem faz parte do grupo de risco e denunciamos os casos de descumprimentos dos protocolos de prevenção nas unidades”, explica o diretor do Sindicato Rogério Campanate, que é membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa).
Avanços na mesa de negociação
Conforme publicado em matéria anterior em nosso site, a negociação da CEE com representantes da Caixa, realizada na última quarta-feira (2), para debater os protocolos de prevenção à covid apresentaram pelo menos três itens considerados importantes pelo movimento sindical: o banco disponibilizará valor em “pronto-pagamento” para aquisição de máscaras PFF2 ou KN95 para os empregados, que são mais eficientes na prevenção à variante ômicron; a criação do Fórum Paritário (representações da empresa e dos trabalhadores) para tratar do tema e a previsão de contratação de mais um mil funcionários até o final deste trimestre.
“No Rio temos um grave problema criado pelo cumprimento da portaria nº 5 de 2017, do Ministério da Economia, que para reduzir custos enxugou o contingente de trabalhadores do setor de limpeza trazendo sérias dificuldades justamente no momento da pandemia. Questionamos na mesa de negociação se a direção da empresa acionou o ministro Paulo Guedes a respeito desta portaria criada no governo Temer, que tornou-se ainda mais absurda em plena crise sanitária. Infelizmente a Caixa não deu nenhuma resposta”, disse Campanate. O sindicalista lembra ainda sobre um aspecto importante do protocolo. O gestor precisa dar ciência à sua equipe sobre os casos confirmados e encaminhar os empregados para testagem, além de providenciar a imediata higienização da agência. O custo do teste deve ser arcado pela empresa e não pelo trabalhador, o que, em muitos casos, não tem ocorrido”, conclui Rogério.