Quarta, 02 Fevereiro 2022 22:54

Dia Nacional de Luta pelo combate à Covid-19 na Caixa é nesta quinta (3)

Negociações sobre prevenção à Covid-19 avançaram na negociação desta quarta (2), mas sindicatos vão manter cobranças para a proteção à vida

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Com informações da Contraf-CUT

 

Os empregados da Caixa Econômica Federal realizam nesta quinta-feira, dia 3 de fevereiro, o Dia Nacional de Luta em defesa de medidas de proteção à vida e de prevenção à Covid-19.  Os bancários estão preocupados também pelo de o  papel social da empresa estar ameaçado pelo projeto privatista do ministro da Economia Paulo Guedes que tem promovido o fatiamento do banco e o desmonte dos bancos públicos.

Desrespeito aos empregados

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE-Caixa) e o banco se reuniram na tarde desta quarta-feira (2). Na pauta da reunião, a necessidade de melhoria dos protocolos de segurança sanitária e de prevenção à Covid-19 e as dificuldades de implantação destas medidas sanitárias devido à falta de respeito, ou desconhecimento dos protocolos pelos gestores. Os sindicatos têm recebidos seguidas denúncias de que trabalhadores contaminados não têm sido devidamente afastados e há falta adequada de sanitização das agências.

“A direção da Caixa prioriza o cumprimento das metas, os lucros, e não a vida de seus emrpegados”, critica o diretor do Sindicato Paulo Matileti.

Apesar das críticas, o movimento sindical considera que houve avanços na negociação desta quarta-feira.

Máscaras adequadas

Apesar das críticas, o movimento sindical considera que houve avanços na negociação desta quarta-feira. O banco acatou a reivindicação dos empregados com relação ao fornecimento de máscaras adequadas para resguardar os empregados do contágio e transmissão das novas cepas do vírus da Covid-19. A Portaria publicada pelo governo diz que as máscaras poderiam ser de pano, mas segundo os especialistas, estes modelos não são eficazes para a prevenção contra a variante Ômicron.

Novas contratações

Um fato preocupou muito os sindicalistas: o banco admitiu que não existe nenhuma previsão para que haja qualquer tipo de contingenciamento do acesso de clientes às agências, que os contratos de seguranças e recepcionistas para contribuir com a organização das filas e instrução aos clientes foram encerrados e não existe nenhuma previsão para que novas contratações com esta finalidade sejam realizadas.

O banco confirmou, porém, que serão nomeados, pelo menos, mais 1.000 novos empregados entre os aprovados do concurso de 2014. O número não bate com o que a imprensa tem noticiado, falando em 10 mil novos empregados. Para os sindicatos, este número vai ajudar, mas é ainda insuficiente para atender a demanda nas agências.

Resposta do banco

No encontro, os representantes do banco disseram ”que todos os gestores e empregados são orientados a seguirem à risca todos os protocolos de segurança sanitária e prevenção contra Covid-19 e que são disponibilizadas máscaras, álcool em gel e em líquido 70%, além de cloro para a higienização das unidades”. Ressaltaram, ainda, “que todos os dias se faz a higienização de todas as unidades, independentemente de haver casos confirmados de contágio, e que, caso haja casos confirmados, é feita a devida sanitização do ambiente”. Na avaliação dos bancários o discurso do banco não condiz com a realidade. Em muitos caso, não existe nem álcool em gel para as mãos, quanto mais os produtos adequados para a higienização e sanitização da agência. Muitos gestores sequer usam a máscara de proteção.

Os representantes da Caixa pediram para qyue a CEE traga os casos destes procedimentos errados para a mesa de negociação. O banco se comprometeu ainda a reforçar as orientações para os gestores de que os protocolos devem ser totalmente cumpridos e pediu a contribuição do movimento sindical para que esta informação seja transmitida para todo o país e para que a fiscalização continue ocorrendo.

 Fórum paritário

O banco aceitou criar um fórum paritário, com representantes da Caixa e do movimento de representação dos empregados, para debater sobre os problemas que afetam o dia a dia de trabalho nas unidades da Caixa e permita a resolução de problemas de uma forma mais rápida. A primeira reunião deste fórum deve ser já a partir da semana que vem. Neste primeiro momento, os debates vão girar em torno dos protocolos de prevenção contra a Covid-19.

PLR e Promoção por mérito

Os trabalhadores cobraram ainda a antecipação do pagamento da Participação nos Lucros e/ou Resultados (PLR), conforme solicitado pela Contraf-CUT em ofício ao banco. Os representantes da empresa disseram “que não existe resposta para a demanda”. Se o pedido da Contraf-CUT não for atendido, a data de pagamento permanece como último dia do prazo previsto na Convenção Coletiva de Trabalho: 1º de março. 

Não houve resposta também sobre a proposta dos trabalhadores na reunião do Grupo de Trabalho de Avaliação por Mérito ocorrida na última segunda-feira (31/1). Segundo o banco, “ainda é preciso que a mesma seja analisada para que se faça um estudo sobre a possibilidade ou não, de se acatar a proposta dos trabalhadores, que prevê a distribuição de um Delta para todos e que o segundo Delta seja oferecido àqueles que atendem aos critérios estabelecidos pelo banco.

 

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