Quarta, 19 Janeiro 2022 18:52

Expostos à covid, empregados da CEF adoecem e filas aumentam

Filas se formam nas agências da Caixa com disparada do número de empregados contaminados Filas se formam nas agências da Caixa com disparada do número de empregados contaminados

Olyntho Contente

Imprensa SeebRio

Obrigados pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, a trabalhar presencialmente, os empregados do banco ficaram expostos à covid-19, tendo disparado o número de contaminados. Além do adoecimento em massa, com as licenças médicas os que ficaram nas agências estão sobrecarregados e em número reduzido. Com isto, as filas aumentaram, e a aglomeração está expondo também os clientes e a população que tenta sacar o auxílio emergencial.

“Esta situação de exposição da população e dos empregados a um vírus que pode ser letal, só está existindo devido ao negacionismo do presidente da Caixa, e também do governo Bolsonaro controlador da empresa, que convocou os empregados a trabalhar presencialmente, mesmo com a pandemia fora de controle”, afirmou Paulo Matileti, diretor do Sindicato, que nesta terça-feira (19/1), fiscalizou agências da Zona Oeste.

Matileti esteve nas agências de Campo Grande e Santa Cruz, e verificou uma dura realidade, com muita gente indo às agências, apesar de diversas estarem quase sem funcionários, adoecidos pela covid. Os que ficaram além de sobrecarregados, ainda tinham que fazer a higienização das agências que deveria ser um trabalho da Caixa através de algum contrato com empresas especializadas.

O dirigente adiantou que esta situação será levada à Comissão Executiva dos Empregados (CEE) para cobrar da diretoria da Caixa uma solução imediata. Matileti denunciou, ainda, que para agravar o quadro de dificuldade extrema, a direção do banco não para de usar o assédio moral ao cobrar o alcance de metas. “É desumano e covarde este comportamento”, criticou.

Somente agora, com a disparada dos casos e com a pressão do movimento sindical, a diretoria da CEF resolveu tomar alguma medida para minimizar os efeitos da covid sobre os empregados. Soltou documento dizendo o óbvio: orientando os gestores a comunicar os casos de empregados contaminados, o nome dos que tiveram contato confirmado e gerar um pedido médico para testagem.

Matileti avaliou que a CEF deveria testar todos os empregados e tomar outras medidas, como fechar agências em caso de contaminação, ampliar o trabalho à distância, fazer rodízio, cobrar carteira de vacinação de quem estiver trabalhando, além do uso de máscara e de álcool gel. “A política da pandemia acabou está levando o país à situação atual. Temos que nos organizar para impedir que o negacionismo continue matando as pessoas”, afirmou.

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