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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Imprensa SeebRio
Obrigados pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, a trabalhar presencialmente, os empregados do banco ficaram expostos à covid-19, tendo disparado o número de contaminados. Além do adoecimento em massa, com as licenças médicas os que ficaram nas agências estão sobrecarregados e em número reduzido. Com isto, as filas aumentaram, e a aglomeração está expondo também os clientes e a população que tenta sacar o auxílio emergencial.
“Esta situação de exposição da população e dos empregados a um vírus que pode ser letal, só está existindo devido ao negacionismo do presidente da Caixa, e também do governo Bolsonaro controlador da empresa, que convocou os empregados a trabalhar presencialmente, mesmo com a pandemia fora de controle”, afirmou Paulo Matileti, diretor do Sindicato, que nesta terça-feira (19/1), fiscalizou agências da Zona Oeste.
Matileti esteve nas agências de Campo Grande e Santa Cruz, e verificou uma dura realidade, com muita gente indo às agências, apesar de diversas estarem quase sem funcionários, adoecidos pela covid. Os que ficaram além de sobrecarregados, ainda tinham que fazer a higienização das agências que deveria ser um trabalho da Caixa através de algum contrato com empresas especializadas.
O dirigente adiantou que esta situação será levada à Comissão Executiva dos Empregados (CEE) para cobrar da diretoria da Caixa uma solução imediata. Matileti denunciou, ainda, que para agravar o quadro de dificuldade extrema, a direção do banco não para de usar o assédio moral ao cobrar o alcance de metas. “É desumano e covarde este comportamento”, criticou.
Somente agora, com a disparada dos casos e com a pressão do movimento sindical, a diretoria da CEF resolveu tomar alguma medida para minimizar os efeitos da covid sobre os empregados. Soltou documento dizendo o óbvio: orientando os gestores a comunicar os casos de empregados contaminados, o nome dos que tiveram contato confirmado e gerar um pedido médico para testagem.
Matileti avaliou que a CEF deveria testar todos os empregados e tomar outras medidas, como fechar agências em caso de contaminação, ampliar o trabalho à distância, fazer rodízio, cobrar carteira de vacinação de quem estiver trabalhando, além do uso de máscara e de álcool gel. “A política da pandemia acabou está levando o país à situação atual. Temos que nos organizar para impedir que o negacionismo continue matando as pessoas”, afirmou.