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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
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Foto: Nando Neves
Imprensa SeebRio
Diante dos seguidos ataques feitos pelo governo Bolsonaro, o aniversário de 161 anos da Caixa Econômica Federal, completados nesta terça-feira (12/1), foi marcado por protestos em todo o país em defesa do banco. Foi o Dia Nacional de Luta. No Rio de Janeiro os empregados da estatal fizeram um dia de vermelho, usando uma peça de roupa desta cor, além de participarem de um ato em frente ao prédio administrativo Passeio Corporate, conhecido como o “Marrecão”.
A presidenta em exercício do Sindicato, Kátia Branco, lembrou da importância da CEF para a população e para o país, como financiador do desenvolvimento nacional, com linhas de crédito a juros baixos para micro, pequenas e médias empresas, para a habitação e saneamento, sendo, ainda, gestora de inúmeros programas sociais, responsável, na pandemia pelo pagamento do auxílio emergencial, muito a contragosto do governo, o que só foi possível pela garra e determinação dos empregados que arriscaram as suas vidas.
Guimarães expõe empregados
O diretor do Sindicato, Paulo Matileti, lembrou que, justamente por sua importância histórica para o país, a Caixa vem passando por um processo criminoso de desmonte pelo governo Bolsonaro, através da venda do banco em partes, do corte de pessoal, causando sobrecarga de trabalho e adoecimento, prejudicando com isto, também, os clientes e usuários. Acusou a atual gestão da empresa, presidida por Pedro Guimarães, de expor os empregados à contaminação pela covid-19, ao impor o retorno precipitado ao trabalho presencial, o que fez com que o número de contaminados disparasse.
“Aqui mesmo neste prédio”, disse, em discurso durante o protesto à tarde, em frente ao Passeio Corporate, “vemos a diretoria da Caixa chegar ao ponto de manter em funcionamento e não sanitizar os setores que tiveram funcionários contaminados. Pedro Guimarães segue assim o negacionismo do governo Bolsonaro que com o boicote às medidas de prevenção e a demora em comprar vacinas, fez com que o Brasil fosse o segundo país em número de contaminados e mortos, atrás apenas dos Estados Unidos”, lembrou.
Pressão e unidade
Também diretor do Sindicato, Carlos Arthur Newlands, o Boné, lamentou que, fora ser o aniversário da Caixa, não havia o que comemorar. “Enfrentamos um governo que é contra e por isto ataca as estatais, com a venda direta, como os Correios e a Eletrobrás, ou aos pedaços, como a Petrobras e a própria Caixa. E que, na CEF, com um presidente puxa-saco assumido de Bolsonaro, tem uma política negacionista, obrigando as pessoas a voltar ao trabalho presencial sem o menor critério aumentando muito o número de colegas contaminados”, disse.
Durante o ato, o diretor do Sindicato, Sérgio Amorim, ressaltou a necessidade da união e da pressão dos empregados em defesa do banco e também da saúde e da vida. “A Caixa é controlada por um governo genocida, que expôs a vida de brasileiros e brasileiras levando o país a cerca de 700 mil mortos, e tem como presidente, alguém que segue os mesmos passos impondo irresponsavelmente o retorno ao presencial mesmo com a pandemia fora de controle e em meio aos estragos causados pelas variantes da covid, principalmente a Delta e a Ônicrom e em meio à epidemia da H3N2. Temos que lutar contra isto e defender a Caixa 100% pública por sua importância histórica para o Brasil”, afirmou.