EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
A Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) encaminhou na quinta-feira (16) um ofício à Caixa Econômica Federal e uma notificação ao Ministério Público do Trabalho sobre as cenas de constrangimento e assédio moral contra os empregados do banco, num evento da empresa, com o slogan “Nação Caixa 2021”, realizado nos dias 14 e 15 de dezembro, em um Resort de Atibaia, interior paulista. O presidente Pedro Guimarães, antes de convidar um coronel do Exército para uma palestra, levou os bancários a gestos humilhantes e vexatórios de “pagar” flexões, uma prática punitiva típica entre militares.
Projeto pessoal
Os bancários denunciaram ainda o descumprimento da cláusula da Convenção Coletiva de Trabalho da categoria, que impede o ranking de bancários. No ofício, a Contraf diz ainda que a empresa, além de descumprir a CCT, desrespeitou princípios da Constituição Federal e a Convenção 190 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que trata do combate à violência e assédio moral no mundo do trabalho.
“É uma vergonha o que este Pedro Guimarães está fazendo com a imagem da Caixa. Ele está expondo os bancários ao ridículo, obrigando os empregados a uma cena humilhante para atender a seus projetos pessoais e políticos”, critica o diretor do Sindicato do Rio e presidente da Apcef/RJ, Paulo Matileti. As imagens constrangedoras repercutiram em toda a imprensa e viralizaram nas redes sociais.
“Toda a imprensa tem denunciado que os gestos de Pedro Guimarães imitando Bolsonaro só confirmam o uso da Caixa para os seus projetos pessoais e político-eleitorais e também do Presidente da República”, denuncia Matileti. O próprio Jornal Bancário publicou matéria de agências no Rio, que estão proibindo os bancários de vestir roupa vermelha, numa decisão arbitrária com claro cunho político-eleitoral.