Os empregados da Caixa Econômica Federal realizaram no dia 7 de dezembro, protestos em todo o país contra a sobrecarga de trabalho, a pressão desumana por metas e a falta de contratação de novos concursados. Os trabalhadores denunciam o desmonte da empresa. A reestruturação faz parte do processo de privatizações do ministro da Economia Paulo Guedes, que tenta fatiar a estatal entregando parte do banco para o setor privado.

Carta aberta

Durante a atividade no Rio de Janeiro, os sindicalistas distribuíram uma carta aberta aos empregados, clientes e a população denunciado a situação do banco. O movimento sindical critica a má gestão do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que estaria usando o banco para a sua plataforma política e do presidente Jair Bolsonaro, visando as eleições de 2022.
Uma agência no Rio foi denunciada por proibir seus empregados de vestir roupas vermelhas, segundo apurou o diretor do Sindicato, Paulo Matileti.

Retorno do grupo de risco

Uma preocupação da categoria neste momento em que o mundo inteiro discute os riscos de uma nova pandemia com as variantes da Covid-19, como a Ômicron e algumas cidades do país já até cancelaram a festa de réveillon, é o retorno do trabalho presencial dos trabalhadores do grupo de risco.

Denúncia na Alfândega

Na atividade de terça (7), dirigentes sindicais visitaram a agência da Caixa na Rua da Alfândega, onde segundo relatos dos bancários, um empregado com comorbidades teria sido convocado a retornar ao trabalho presencial e após sua volta à unidade contraiu pneumonia. O retorno do funcionário teria ocorrido por pressão da Superintendência de Varejo que levou o gerente geral a convocar o empregado, que é do grupo de risco, a retornar à agência.
A atividade nacional contou ainda com um tuitaço, e a hashtag #ProcuramosNoBBeCaixa ficou entre os temas mais comentados das redes sociais.
No próximo dia 12 de janeiro, sindicatos de todo o Brasil vão realizar a principal mobilização do calendário de lutas na Caixa, data em que serão comemorados os 161 anos da estatal.

ERRATA -  Na versão impressa do Jornal Bancário, por um erro de digitação, erramos ao publicar "61" anos da Caixa. O correto é "161" anos, conforme no texto acima.