Quinta, 02 Dezembro 2021 21:35

Plenária organiza mobilização contra assédio e em defesa da Caixa: 7/12 é Dia Nacional de Luta

Campanate: diretoria da CEF joga na divisão, por isto, a resposta tem que ser de todos os empregados Campanate: diretoria da CEF joga na divisão, por isto, a resposta tem que ser de todos os empregados

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Foto: Nando Neves

Imprensa SeebRio

Apenas uma mobilização nacional crescente será capaz de reverter os inúmeros ataques da diretoria da Caixa Econômica Federal contra os empregados do banco, como a convocação unilateral do grupo de risco ao trabalho presencial, o assédio moral institucional, o aumento da sobrecarga de trabalho que somada à exigência de metas de vendas têm provocado a disparada do adoecimento. A avaliação foi feita pelos participantes da Plenária Nacional de Militantes, Delegados Sindicais e Cipeiros, realizada nesta quinta-feira (2/12), virtualmente.

A plenária foi convocada pela Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e pela Contraf-CUT para organizar uma mobilização nacional sobre condições de trabalho, teletrabalho e banco de horas, a partir de um calendário que prevê: dia 7 de dezembro (terça-feira), Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa e dos seus empregados contra o assédio institucional, falta de condições de trabalho, combate às metas desumanas, importância da Caixa, contra o sucateamento e por mais contratações. E, no dia 12 de janeiro, uma mobilização ainda maior, na data dos 161 anos da estatal, um Dia Nacional de Luta em Defesa da Caixa e de seus empregados.

Negociações travadas

Eliana Brasil, da Comissão Executiva dos Empregados (CEE), lembrou que as negociações com a Caixa estão travadas, seja porque o banco não vem cumprindo o que se compromete, ou porque quer impor, e vem insistindo em manter, propostas que só vêm em prejuízo dos empregados, entre estas condicionar o acordo de teletrabalho ao banco de horas. Rogério Campanate, da CEE e diretor do Sindicato do Rio, lembrou que o mesmo acontece na negociação sobre o Delta por mérito que a diretoria do banco quer atrelar à GDP  uma ferramenta de assédio moral ligada a metas.

Campanate frisou que a saída não é a judicialização, mas uma mobilização de todos. “A Caixa tem usado a política de dividir para impor o que quer. Joga gestores contra TBs, área meio contra agências, home office contra quem está no presencial. Mas, no final, todos estão sendo desrespeitados, ameaçados, sobrecarregados e adoecendo. Precisamos entender que por isto mesmo, tem que ser feita uma luta conjunta, para derrotar esta política que tem atingido a todos de forma cruel”, avaliou.

Tragédia anunciada

Também membro da CEE, Carlos Augusto Silva, alertou que ao impor o retorno do grupo de risco a diretoria da Caixa pode estar muito próximo de provocar uma tragédia. “Estão sendo colocadas lado a lado, pessoas com comorbidades, como cardiopatias, e que estavam, por isto mesmo, em home office, do lado de outros que sequer estão vacinados. É uma situação de alto risco para a vida de todos”, advertiu.

Foi lembrado que estes ataques em séria fazem parte do processo do governo Bolsonaro que visa à extinção da CEF pública, para atender aos interesses do mercado, através de medidas de enxugamento da folha, e fatiamento da empresa, com a criação e a venda de subsidiárias. Para Jorge Furlan, da CEE, é necessário dar uma resposta contundente à diretoria da Caixa também contra a privatização. Emanuel de Jesus, lembrou que a defesa da Caixa e as condições de trabalho são os eixos principais desta mobilização nacional que deve ser construído, com protestos e paralisações.

 

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