Terça, 09 Novembro 2021 18:22

Caixa prometeu, mas não contratou nem metade dos empregados previstos

Pedro Guimarães, presidente da Caixa: muito marketing político e promessas e pouco resultado prático Pedro Guimarães, presidente da Caixa: muito marketing político e promessas e pouco resultado prático

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Fonte: Fenae

 

Em julho deste ano, a direção da Caixa Econômica Federal havia prometido contratar quatro mil novos empregados. Após quatro meses da promessa do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o ritmo das contratações está em marcha lenta, quase parando. Pelos números levantados pela Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), a empresa não admitiu nem metade do que foi anunciado.

Em agosto, a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) autorizou o banco público a contratar mais três mil funcionários, ampliando seu quadro de pessoal para 87.544. Conforme dados de outubro, a Caixa contava com 85.772 mil funcionários. Isso representa 1.772 a menos do total autorizado.

Só marketing pessoal

Se dependesse do marketing pessoal de Pedro Guimarães, qe alardeou na imprensa, em julho, que o banco abriria 10 mil novas vagas de trabalho, entre concursados, recepcionistas, vigilantes, estagiários e adolescentes aprendizes, a situação no banco estaria bem melhor. Deste total, três mil seriam destinados aos aprovados no concurso público de 2014 e outros mil para Pessoas com Deficiência (PCDs). Ainda em 2019, Guimarães declarou à imprensa “que contrataria todos os concursados”. No entanto, até o momento, nenhuma as promessas foi cumpridas.
No último dia 31 de outubro, a Caixa realizou concurso público para preenchimento de 1.100 vagas para PCDs, sendo mil imediatas e 100 para o cadastro de reserva. O resultado está previsto para sair em dezembro.

“Há ainda uma distância muito grande entre as promessas do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, e a realidade. O marketing pessoal não condiz com a prática e a verdadeira situação dos empregados, que é de sobrecarga de trabalho por falta de novos funcionários, pressão e assédio moral e desmotivação. O movimento sindical continuará denunciando a situação precária nas agências e prédios”, disse o diretor do Sindicato do Rio, Paulo Matileti.

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