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As propostas feitas à Comissão Executiva dos Empregados (CEE) pelos representantes da Caixa Econômica Federal (CEF) na rodada de negociação desta quinta-feira (7/10) apresentaram poucos e tímidos avanços para quem pretende fechar um acordo sobre teletrabalho. Como a CEE não aceitou o que foi apresentado, algumas questões sequer chegaram a ser discutidas.

“Houve pequenos avanços, mas ainda não foi posta na mesa uma proposta que possa ser apresentada em uma assembleia aos empregados da Caixa. Esperamos que na rodada marcada para o dia 18, o banco apresente proposições que atendam e valorizem os empregados”, afirmou Rogério Campanate, diretor do Sindicato e membro da CEE.

Há dois pontos do acordo de teletrabalho que vêm dificultando a negociação. No que diz respeito ao valor da ajuda de custo, a Caixa apresentou um valor mensal muito baixo, menor que os propostos pelos bancos privados, que estão muito longe de cobrir os gastos de quem trabalha em casa usando energia elétrica, internet e tendo gastos com computador e móveis adequados para as tarefas. O segundo item é o que trata do registro de ponto. A Caixa propôs, inicialmente, que não houvesse controle. Alegava que quem está em casa trabalha por produção, conforme a demanda, podendo ter a jornada flexibilizada. Depois, passou a defender que a existência ou não do registro fosse uma opção do empregado.

“Argumentamos que poderiam sofrer pressão de gestores para abrirem mão do registro. E que a proposta só poderia ser aceita, caso fosse garantido que a opção fosse realmente do empregado”, explicou Rogério. O acordo de teletrabalho continuará sendo debatido na rodada do dia 18 que ainda não tem horário definido para acontecer.