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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
A Caixa Econômica Federal comunicou à Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) nesta quarta-feira (29), que o prazo para a continuidade da modalidade de teletrabalho nas unidades do banco foi prorrogado até o final de 2021. A decisão atende às reivindicações dos bancários e foi tomada após pressão do movimento sindical.
A Contraf havia enviado ofício ao banco no dia 14 de setembro fazendo esta solicitação e reiterou o pedido na última segunda-feira (27). O retorno imediato de quem está em home Office, como queria o banco, trouxe grande preocupação entre os empregados, em função do aumento no número de casos das variantes da Covid-19, como é o caso do município do Rio de Janeiro, considerado hoje o epicentro da variante Delta.
Grupo de risco
A nova data prevista para o retorno ao trabalho presencial no acordo específico de teletrabalho em decorrência da pandemia se encerraria nesta quinta-feira (30), mas a pedido dos sindicatos feitos à direção do banco foi prorrogada até o final deste ano.
Os sindicalistas lamentaram, no entanto, o fato de o banco comunicar aos representantes dos trabalhadores em cima da hora, impactando a programação dos empregados e criticaram o retorno “opcional” para quem é do grupo de risco.
“Apesar dessa decisão, o banco colocou como opção para as pessoas do grupo de risco que quiserem voltar, preenchendo um formulário de pedido para o retorno. Pessoas do grupo de risco não devem voltar ao trabalho presencial neste momento em hipótese alguma, até por que estamos, como no caso do Rio de Janeiro, diante de uma explosão de casos da variante Delta, considerada por especialistas, ainda mais violenta que os primeiros casos da Covid. Além disso, esta possibilidade gera constrangimento para o retorno e temos recebidos denúncias de que bancários estão se sentindo pressionados para voltar às agências”, disse o diretor do Sindicato Rogério Campanate.
O sindicalista falou ainda sobre o problema da sobrecarga de trabalho para os funcionários que estão nas unidades físicas.
“É preciso entender que o problema da sobrecarga de trabalho para quem está na ponta do atendimento nas agências não se deve ao fato de uma parcela do funcionalismo estar em home office, mas sim, por falta de contratação de novos empregados concursados pelo banco, o que os sindicatos têm cobrado há anos”, acrescenta Campanate.