Sexta, 10 Setembro 2021 14:40

PLR: pressão dos sindicatos garante antecipação também na Caixa

Presidente do banco, Pedro Guimarães, alardeia que empregados são os únicos que possuem PLR Social, mas Bolsonaro tentou extinguir conquista
Adriana Nalesso, José Ferreira e Paulo Matileti em mobilização em defesa dos bancos públicos. O governo Bolsonaro tentou extinguir a PLR Social, mas a mobilização dos empregados garantiu a manutenção desta importante conquista dos bancários da Caixa Adriana Nalesso, José Ferreira e Paulo Matileti em mobilização em defesa dos bancos públicos. O governo Bolsonaro tentou extinguir a PLR Social, mas a mobilização dos empregados garantiu a manutenção desta importante conquista dos bancários da Caixa Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

A pressão dos Sindicatos e da Contraf  -CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) garantiu que mais um banco antecipasse o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados). Desta vez foi a Caixa Econômica Federal que confirmou o pagamento da verba nesta sexta-feira, 10 de setembro.

“Surfando na conquista da categoria garantida com mobilização e pressão dos bancários, o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, enviou mensagem lembrando que o banco é o único que oferece a PLR Social para seus empregados. Mas esqueceu de dizer que, em 2020, em plena pandemia, o governo Bolsonaro e a atual direção da empresa não pagaram todo o valor que deveriam e ameaçaram acabar com a PLR Social, que só não ocorreu graças à mobilização da categoria”, destaca o diretor do Sindicato do Rio, Paulo Matileti. Guimarães tem percorrido o país para defender o atual governo. O TCU (Tribunal de Contas da União) pediu uma investigação para apurar o uso dos bancos públicos para campanhas políticas do presidente Bolsonaro, o que é ilegal. 

Acordo de dois anos

O presidente do Sindicato José Ferreira disse que o acordo de dois anos garantiu este e outros direitos.

“Numa conjuntura em que trabalhadores da maioria das categorias tem perdido direitos e salários ainda mais arrochados com reajustes abaixo da inflação, graças a esta estratégia, que virou referência no movimento sindical, preservamos direitos e ganhos acima das perdas inflacionárias”, avalia.

“Os valores da participação nos lucros são ainda muito abaixo do que os empregados merecem e o banco pode pagar, mas na atual situação de ataques do governo Bolsonaro aos trabalhadores conseguimos o que foi possível”, acrescenta Matileti.  

A Caixa faturou R$ 743,7 milhões em 2020 com a venda de suas ações preferenciais do Banco Pan. O banco teve um lucro recorde de R$ 10,8 bilhões no primeiro semestre de 2021, o maior da história para o período, de acordo com a instituição. O faturamento é 93,4% maior do que o mesmo período do ano passado.

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