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Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Foto: Nando Neves
Leonardo Quadros, presidente da APCEF/SP(Associação do Pessoal da Caixa) e membro do GT (Gurpo de Trabalho) Saúde Caixa, abriu o último painel do 37º Congresso Nacional dos Empregados da CEF, neste sábado , 7 de agosto.
O dirigente fez um resgate histórico do plano de saúde, desde a sua criação em 2004. Falou dos ataques que o Saúde Caixa vem sofrendo desde 2016, com o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff até os dias atuais, com desafios e enfrentamentos de uma conjuntura ainda mais difícil.
Destacou a luta dos trabalhadores de estatais contra as mudanças previstas na CGPAR 23.
“Na Caixa nós estamos resistindo, conseguimos nos acordos assinados manter a proporção de 70/30, na divisão dos custos do plano, e no acordo coletivo do ano passado a gente discutiu um aumento nos valores dos itens de custeio para que a gente pudesse voltar a equilibrar a proporção por 70/30. Os itens de custeio não eram reajustados desde 2009. Além disso, o acordo coletivo de 2020 previa a criação do GT Saúde Caixa para que fossem discutidos formatos de custeio e de gestão do plano, visando proporcionar a sustentabilidade dele”, destacou.
Os delegados participantes do congresso nacional da Caixa foram unânimes em defender o parâmetro 70/30 de custeio como um modelo sustentável.
Quadros ressaltou que a CGPAR 23 não está prevista no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e, portanto, não deve ser aplicada no custeio do plano. “Enquanto defendemos o atual modelo, que é viável, a gestão da empresa com Pedro Guimarães insiste em transferir os custos para os empregados, por meio da aplicação da CGPAR 23, apesar de ela não ser lei, não estar prevista em acordo coletivo e de existirem outras estatais que não aplicaram a resolução”, afirma.
Plano sustentável
Albucacis Castro Pereira, gestor na área de saúde e consultor da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal (Fenae), lembrou que o Saúde Caixa é um plano nacional, de autogestão.
“Ele é a melhor das possibilidades de um plano para os empregados e para a empresa. O seu custo se torna bastante melhor, de forma que esse custeio é baseado em três coisas fundamentais para um plano como esse: mutualismo, onde todos pagam e poucos usam, solidariedade, que é fundamental num plano de autogestão e de pacto intergerencial, em que os mais jovens pagam um pouquinho a mais do que poderiam pagar no mercado, mas aqueles idosos que pagariam infimamente a mais no mercado e estariam impossibilitado de estar no plano, pagam menos e tem sua vida e saúde garantidos na aposentadoria. O Saúde Caixa foi construído para que todos os seus funcionários e dependentes tenham acesso à promoção, à prevenção e à assistência quando ficarem doentes”, disse Albucacis.
Mobilização contra CGPAR 25
Os participantes do Conecef aprovaram a mobilização dos empregados e das entidades como estratégia fundamental para impedir a aplicação da CGPAR 23. Está em tramitação, no Senado, o Projeto de Decreto Legislativo 342/2021 que anula os efeitos da Resolução. “Precisamos fazer a luta tanto no Congresso Nacional quanto internamente, pressionando a direção do banco”, afirmou Leonardo Quadros.
Além dos direitos à saúde e à previdência complementar, os empregados da Caixa defendem, na campanha nacional deste ano, a defesa da vida, com a vacinação de todos os bancários e melhorias na prevenção da Covid-19, fim das metas abusivas e do assédio moral, em especial neste período de pandemia e garantias para os trabalhadores que permanecem no home office.
A mesa foi coordenada por Clarice Weisheimer, representante da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Paraná (Fetec/PR); Helaine Freire Evangelista, representante da Federação dos Empregados em Estabelecimentos Bancários da Bahia e Sergipe (Feeb/BA-SE) e Rogério Campanate, do Sindicato dos Bancários do Rio, representando a nova Federação das Trabalhadoras e Trabalhadores do Ramo Financeiro do Rio de Janeiro (Federa/RJ).