Sábado, 07 Agosto 2021 19:25
MOBILIZAÇÃO É PRECISO

Conecef defende luta em defesa da Caixa no Congresso Nacional e na sociedade

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, disse confiar no histórico de lutas da categoria e do movimento sindical Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa, disse confiar no histórico de lutas da categoria e do movimento sindical Foto: Nando Neves

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

Foto: Nando Neves

 

A deputada federal Érika Kokay (PT-DF), que é bancária aposentada da Caixa Econômica Federal, destacou a importância da mobilização da categoria para pressionar o Congresso Nacional a não aprovar propostas de ataques do Governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores e as empresas e bancos públicos.

A parlamentar é autora Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 956/2018, que susta os efeitos da Resolução nº 23, de 18 de janeiro de 2018, da CGPAR (Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União), que foi aprovado na Câmara dos Deputados e segue para votação no Senado.

A afirmação foi feita neste sábado (7), durante o painel “A Caixa e seus empregados e a defesa no Congresso Nacional e na Sociedade”, durante o 37º Congresso Nacional dos Empregados da Caixa Econômica Federal (Conecef).
Criticou ainda o presidente Bolsonaro, a quem acusou de ser uma fraude.

“Sua eleição foi construída em cima da prisão de Luiz Inácio de Lula da Silva e em cima de um golpe. Nós temos um governo que está à mercê do capitalismo improdutivo, nas mãos do sistema financeiro. Não há qualquer projeto de desenvolvimento nacional no Brasil”, critica.

Discurso e prática

Kokay disse que a Caixa Econômica Federal está sendo vítima de uma fraude. “O presidente da caixa e o presidente da república diz que são contra a privatização, mas a Caixa está sendo privatizada pelas suas subsidiárias e pela criação de um banco digital. O banco está sendo privatizada com um discurso dos parlamentares e do governo de que não será vendida”, alerta.

A parlamentar considera um crime a venda de ativos nacionais neste momento grave de pandemia da Covid-19.

Este governo é cheio de interesses escusos. É um escândalo o que está acontecendo neste país, a destruição da soberania nacional. Estamos vivenciando um dos mais graves ataques contra a concepção de Estado”, acrescenta.
Criticou ainda as ameaças de Bolsonaro à democracia. “É um governo que prepara um golpe, porque sabe que perderá as eleições. Nos cabe defender as nossas empresas públicas e denunciar a privatização da Caixa que está em curso, que eles negam porque são covardes. É preciso construir, em todos os recantos do país, a defesa da Caixa e de todos os bancos públicos e proteger a democracia e as eleições”, disse.

História de lutas

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da Caixa disse que os empregados e toda a categoria terão papel fundamental nestas lutas em defesa das instituições públicas.

“Nós, empregados da Caixa, sempre fizemos historia ao longo dos anos. Se o banco hoje ainda se mantém público é porque as entidades sindicais e associativas empunharam a bandeira da defesa da instituição. Este compromisso se mostrou presente, mais do que nunca, nesta pandemia quando os empregados da Caixa, mesmo sob o risco de contágio, sob pressão da direção do banco e da impressa, e pressão social, foram para a linha de frente atender milhões de brasileiros desamparados pela crise social e econômica que vem abatendo o país. Esse momento difícil consolidou o fato de que é necessário para o Estado as instituições públicas”, destacou.
Rita criticou a destruição do patrimônio público e das políticas públicas e o desrespeito à vida. “Cabe a nós neste congresso não só avaliarmos como nós enquanto empregados da Caixa iremos nos organizar para defender nossos direitos, como o Saúde Caixa, Funcef, melhorar as condições de trabalho, mas precisamos também debater com os cidadãos e cidadãs que Brasil queremos para o futuro”, conclui.  

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