Terça, 15 Junho 2021 19:09

É preciso voltar as atenções para as negociações sobre Saúde Caixa

Olyntho Contente

Imprensa SerebRio

As negociações para estudar o custeio e a gestão do Saúde Caixa são de importância vital para a vida dos empregados e de seus dependentes. Para isto foi criado um Grupo de Trabalho com igual número de representantes da Caixa Econômica Federal e do funcionalismo que vem se reunindo desde 14 de janeiro. As negociações, no entanto, vêm esbarrando na falta de informações por parte do banco à consultoria contratada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

Mesmo com dados insuficientes foi possível à consultoria identificar inconsistências nos números fornecidos pela Caixa para a elaboração das projeções de despesas do plano, apresentados ao Conselho de Usuários e ao GT. Em seu relatório parcial, a consultoria apresentou, ainda, recomendações, incluindo a melhoria da gestão do plano, que contribuiria para suavizar aumentos de custos sem comprometer a qualidade.

O relatório enfatizou não terem sido fornecidos pela CEF dados suficientes para fazer o trabalho. Por isto mesmo, não foi possível uma análise comparativa com o levantamento feito pela empresa contratada pela Caixa, que teve acesso a muito mais informações.

Para o diretor do Sindicato, Sérgio Amorim, é fundamental que o funcionalismo acompanhe o passo a passo das negociações, já que a intenção do banco é a de procurar reduzir sua parte no custeio, o que poderá inviabilizar o plano. “É de suma importância que as atenções se voltem para este tema importante para a vida dos empregados e de seus dependentes. É a mobilização que poderá ditar o rumo das negociações do GT”, avaliou.

O GT

As reuniões do GT tiveram início em janeiro. Nos meses de abril e maio, o trabalho se concentrou na análise de dados do plano. Como consta do acordo coletivo 2020/2022, o GT Saúde Caixa foi criado para estudar o custeio e gestão do plano de saúde. O grupo deve apresentar um formato de custeio e gestão até 31 de julho de 2021.

As propostas serão encaminhadas para debate na mesa permanente. As melhores, ou a melhor, serão encaminhadas aos empregados para votação até 31 de agosto de 2021. A mais votada será implementada até 2 de janeiro de 2022.

O que quer a CEF

Leonardo Quadros, representante dos empregados no GT, frisou que o modelo de custeio do Saúde Caixa presente desde 2004, que prevê a divisão de custos em 70% para a empresa e 30% para os empregados, torna o plano financeiramente viável para os empregados. “Hoje, infelizmente, além de restrições que a gestão do banco pretende introduzir, limitando sua contribuição para o custeio, os empregados estão sofrendo com o alto número de descredenciamentos, que tem reduzido coberturas e diminuindo a qualidade do plano” explicou.

Conselheira de usuários do Saúde Caixa e também integrante do GT, Marilde Zarpellon, lembrou que há muito tempo o Conselho de Usuários aponta a importância de aperfeiçoar a governança e a gestão do plano, e frisou que o relatório da consultoria reafirmou esta necessidade. “Além disso, apontamos outros problemas, como o grau de insatisfação dos usuários com o aplicativo do Saúde Caixa, o que já foi reconhecido pela empresa, que agora está realizando uma pesquisa junto aos aposentados para avaliar o serviço” ressaltou.

 

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