EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Os empregados da Caixa Econômica Federal participaram na quinta-feira, 22 de abril, de uma assembleia virtual que começou pela manhã e foi encerrada às 20 horas, e aprovou estado de greve. A decisão foi uma resposta dos bancários ao anúncio da direção da empresa de vender ações do banco - que junto com o desmonte imposto pela direção é um passo largo para a privatização da Caixa - e em defesa do pagamento de uma PLR Social Justa a todos os funcionários.
De um total de 542 votantes, 503 aprovaram o estado de greve, apenas 32 votaram não e houve sete abstenções.
“Foi muito importante a participação dos empregados da Caixa nas duas plenárias que realizamos e nesta assembleia, demonstrando que estamos atentos e na luta resistindo contra o fatiamento da Caixa e o projeto de privatização do governo Bolsonaro e seguimos na defesa de nossos direitos, como a garantia do pagamento integral da PLR como foi acordado pelos sindicatos com a direção da empresa”, avalia o diretor do Sindicato do Rio e presidente eleito, José Ferreira.
A mobilização da categoria vai continuar. Na próxima segunda-feira (26), as entidades vão realizar uma live para discutir os assuntos que envolvem a privatização e a descapitalização do banco público.
Porque participar da luta na Caixa
1°) A venda de ações da Caixa Seguridade consolida o projeto de privatização da Caixa Econômica em partes, abrindo mão de importantes ativos do banco;
2°) A Caixa quer transformar os empregados em cúmplices da privatização. A estratégia é seduzir o bancário a comprar ações e transformá-lo em agentes da privatização da própria empresa;
3º) Comprando ações, o empregado contribuirá para fechar o seu próprio posto de trabalho. Ou seja, fica com as ações, mas perde o emprego;
4º) A privatização da Caixa compromete o futuro de outros patrimônios dos empregados, como o Saúde Caixa e a Funcef;
5º) O banco ainda está aproveitando o momento para impor metas. Cada agência deve vender parte das 450 milhões de ações a serem abertas na bolsa no dia 29 de abril. Ou seja, como acionistas, os bancários serão reféns da própria exploração.