EXPEDIENTE DO SITE
Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
O Sindicato convoca os empregados da Caixa Econômica Federal para uma assembleia virtual nesta quinta-feira, dia 22 de abril, das 8h às 20h, para deliberar sobre a possibilidade de estado greve. A decisão representará uma resposta dos bancários ao anúncio da direção da empresa de vender ações do banco - que junto com o desmonte imposto pela direção é um passo largo para a privatização da Caixa - e em defesa do pagamento de uma PLR Social Justa a todos os funcionários.
“Nós temos feito uma campanha nas redes sociais para sensibilizar a sociedade a participar da luta em defesa da Caixa 100% pública, mas esta mobilização precisa começar pelos próprios empregados da empresa”, explica o diretor do Sindicato e membro da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa), Rogério Campanate.
A Caixa Econômica Federal, única empresa 100% pública do Brasil, é mais uma vez alvo do governo, da direção do próprio banco e do ministro da Economia, o banqueiro Paulo Guedes, para a privatização. A abertura de capital da Caixa Seguridade, marcada para o dia 29 de abril, e a devolução dos Instrumentos Híbridos de Capital e Dívida (IHCDs) são as mais recentes ações que vão descapitalizar a Caixa e colocar fim ao caráter totalmente público do banco.
“O governo Bolsonaro tenta privatizar a Caixa desrespeitando a legislação, fatiando a empresa para vender pedaços do banco, como na abertura do capital da Caixa Seguridade, ao mesmo tempo que a direção da empresa impõe o desmonte da instituição. Oferecer ações para os empregados é uma cilada que ameaça o futuro e os empregos dos próprios funcionários”, disse Paulo Matileti, vice-presidente do Sindicato.
Mobilização total
O Sindicato convoca a categoria para a mobilização nacional que acontece durante todo o mês de abril para derrotar o projeto privatista do governo. Em um primeiro momento, o foco da campanha é realizar ações de mobilização contra a abertura de capital da Caixa Seguridade, com início marcado para o dia 29 de abril. A assembleia faz parte do calendário de lutas proposto pela CEE/Caixa. No dia 26, as entidades vão realizar uma live para discutir os assuntos que envolvem a privatização e a descapitalização do banco público.
“Mais do que nunca, é o momento de unidade de toda a categoria contra os ataques do governo Bolsonaro aos direitos dos trabalhadores e ao patrimônio público nacional”, disse José Ferreira, atual diretor e presidente eleito do Sindicato.
Não seja cúmplice da privatização
1°) A venda de ações da Caixa Seguridade consolida o projeto de privatização da Caixa Econômica em partes, abrindo mão de importantes ativos do banco;
2°) A Caixa quer transformar os empregados em cúmplices da privatização. A estratégia é seduzir o bancário a comprar ações e transformá-lo em agentes da privatização da própria empresa;
3º) Comprando ações, o empregado contribuirá para fechar o seu próprio posto de trabalho. Ou seja, fica com as ações, mas perde o emprego;
4º) A privatização da Caixa compromete o futuro de outros patrimônios dos empregados, como o Saúde Caixa e a Funcef;
5º) O banco ainda está aproveitando o momento para impor metas. Cada agência deve vender parte das 450 milhões de ações a serem abertas na bolsa no dia 29 de abril. Ou seja, como acionistas, os bancários serão reféns da própria exploração.