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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Carlos Vasconcellos
Imprensa SeebRio
Foi realizada na última quinta-feira (25), a primeira reunião do Fórum Regional de Condições de Trabalho da região da SR RJ Capital. Os encontros serão mensais em busca de soluções para as demandas dos empregados da Caixa Econômica Federal em relação às condições de trabalho e às medidas de prevenção à Covid-19.
Pandemia preocupa
Os representantes dos trabalhadores destacaram a gravidade da pandemia da Covid-19, o aumento do número de óbitos de empregados da Caixa e também de pessoas que coabitam com os bancários.
Foi cobrando do banco também que sejam averiguadas as solicitações de análise para direcionamento ao trabalho remoto por parte do Comitê instituído para esse fim, tendo em vista denúncias apresentadas ao Sindicato de solicitações que não teriam sido sequer analisadas. O representante da Gipes (Gerência de Filial de Gestão de Pessoas) negou que haja pendências de resposta as solicitações.
Os empregados que necessitam do direcionamento ao trabalho remoto podem encaminhar suas solicitações para análise da Gipes e, caso encontrem alguma dificuldade, devem entrar em contato com o Sindicato, a Agecef (Associação dos Gestores da Caixa) ou a Apcef (Associação do Pessoal da Caixa).
“Apesar das orientações de reforço nas ações de prevenção à Covid-19, ainda há empregados, inclusive chefes de unidade, sem máscaras no interior das unidades. Quando a cobrança por metas é mais enfática que a dos protocolos esses comportamentos inadequados e perigosos acontecem”, critica o diretor do Sindicato e presidente da Agecef/RJ, Rogério Campanate, que reafirmou que o discurso da empresa de que “as pessoas estão em primeiro lugar “ não se alinha com a prática, mostrando que as metas é que são prioridades.
Medidas de prevenção
O Superintendente de Rede da Capital informou ainda que orientou os gerentes gerais a providenciarem a disponibilização de álcool gel em todas as mesas. O representante da Gilog (Gerência de Filial de Logística) informou que já foi iniciada a instalação das proteções de acrílico nas mesas de atendimento com a previsão de finalização na primeira quinzena de abril. Acerca da aferição de temperatura, a Superintendência RJ Capital irá averiguar se todas as unidades já adquiriram os termômetros e quem deve realizar a aferição na entrada das unidades.
Delegados sindicais
As entidades dos trabalhadores solicitaram ainda o encaminhamento de outro comunicado da SUBER/GERET que estabelece o protocolo de atuação do Gestor, para que possam fazer o acompanhamento com a ajuda dos delegados Sindicais.
Falha na comunicação
A Caixa assumiu o compromisso de encaminhar à Comissão Executiva dos Empregados (CEE) as comunicações internas, mas tem falhado nesse compromisso.
“Sobre o reforço do rodízio de empregados na unidade para diminuir a exposição ao risco e garantir a manutenção do atendimento, a empresa insiste em repassar a responsabilidades aos chefes de unidade, sem comprometer as instâncias superiores com esses objetivos”, reclama Campanate.
Feriadão antecipado
Com relação ao “megaferiado”, as entidades haviam preparados diversas solicitações de esclarecimentos, mas os representantes da empresa alegaram que a Lei Estadual ainda estava sendo analisada pelo jurídico e que, por este motivo não poderiam prestar os referidos esclarecimentos na reunião.
“Mais tarde fomos informados acerca do equivocado entendimento da empresa de que os trabalhadores de serviços essenciais devem ser penalizados pela falta de pagamento das horas extras realizadas nos feriados criados pela Lei Estadual”, explica Rogério.
A Agecef/Rio aproveitou a oportunidade para entregar à SR RJ Capital, à Gipes e Gilog o relatório completo da pesquisa realizada em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Análise Socioeconômicas) sobre condições de trabalho e de saúde dos gerentes e assistentes da Caixa no estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de subsidiar ações para combater causas e consequências do adoecimento dos empregados.
Participaram da reunião, representantes do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, da Agecef/Rio e da Apcef/RJ, além de representantes da SR RJ Capital, da Gipes e Gilog.