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Diagramação: Marco Scalzo
Diretora de Imprensa: Vera Luiza Xavier
Os diretores do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira e Sérgio Amorim, o presidente da Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal (Agecef), que também é dirigente da entidade sindical, Rogério Campanate e o vice-presidente do Sindicato e presidente Associação do Pessoal da Caixa do Rio de Janeiro (Apcef/RJ), Paulo Matileti se reuniram virtualmente com o Superintendente de Rede da Superintendência Capital, além de representantes da Gipes (Gerência de Serviço de Pessoas) e Gilog (Gerência de Logística) no último dia 5 de março (sexta-feira), de uma reunião virtual para tratar de temas relacionados às condições de trabalho. O encontro é avaliado pelo movimento sindical como relevante pois abre um canal de diálogo sobre o tema.
Prevenção à Covid-19
O sindicalistas cobraram respostas para as questões abordadas no encontro do último dia 18 de fevereiro, como a implementação de ações que reforçassem as orientações de prevenção à Covid-19; a verificação das condições das agências Avenida Chile e Largo da Carcioca, no Centro (que estão dividindo o mesmo espaço); a criação de um Fórum Regional de Condições de Trabalho com reuniões periódicas e a melhoria dos protocolos, especialmente o de higienização das unidades em razão do agravamento da pandemia e do fato do Rio de Janeiro ser a cidade com maior número de mortes no país.
“Fomos informados acerca da realização de videoconferências da Superintendência com os Gerentes Gerais, tendo a participação da GIPES no reforço às orientações de prevenção à Covid-19. Esta informação foi confirmada com empregados da base, no entanto houve um entendimento de algumas pessoas de que no referido vídeo havia ficado claro que a responsabilidade sobre qualquer ‘problema’, inclusive com o Sindicato, seria do gestor da unidade”, explica Campanate. No entanto, o Superintendente da Capital, com o testemunho do representante da GIPES, esclareceu tratar-se de um mal-entendido, pois o objetivo da reunião era “reforçar a responsabilidade do acompanhamento, por parte do gestor da unidade e do cumprimento dos protocolos estipulados pela empresa”. Dessa forma ficou claro que o gestor da unidade não será responsabilizado por não suprir as deficiências desse protocolo.
Separação de unidades
Com relação à situação das agências Avenida Chile e Largo da Carioca, a previsão de término das obras que possibilitariam a separação das duas unidades foi adiada.
“Além dos prejuízos psicológicos e emocionais, a agência agora precisa lidar com a perda da vaga de um empregado que foi vítima fatal da Covid-19. Enquanto Pedro Guimarães, presidente da Caixa, divulga aos quatro cantos que está contratando, a Matriz não repõe as vagas deixadas pelas mortes causadas pela pandemia”, acrescenta o sindicalista, lembrando que a redução de bancários aumenta a sobrecarga de trabalho e acúmulo de funções na empresa.
Na avaliação dos sindicalistas, a grande conquista dessa reunião foi a concordância dos representantes da Caixa em instituir o Fórum Regional de Condições de Trabalho no Rio de Janeiro. Este Fórum será composto pelas Superintendências de Rede, Gipes, Gilog, Sindicato, Agecef e Apcef, e tratará de situações que não foram passíveis de soluções pontuais quando demandadas pelas entidades representativas dos empregados.
“O Fórum terá reuniões mensais e estamos aguardando o agendamento da primeira reunião. A princípio teremos um Fórum para as SRs Capital e Metropolitana, um para a SR Norte Fluminense e outro para a SR Sul Fluminense”, explica o diretor do Sindicato José Ferreira.
Prevenção comprometida
As ações da direção da Caixa são insuficientes no combate à Covid-19 e agravam as condições de trabalho, segundo os representantes dos empregados.
“Embora recentemente tenham solicitado informações para instalação de barreiras de acrílico para os funcionários das unidades, quase tudo o que depende da direção da empresa emperra. Essa direção insiste em ignorar o agravamento da pandemia e mantém os protocolos que estipulou unilateralmente no dia 1º de julho de 2020, mesmo com o cenário completamente alterado”, disse o presidente da Apcef e vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti. O sindicalista destaca ainda que o banco “recusa-se também a melhorar o processo de higienização realizado nas unidades com casos confirmados, mantendo o modelo atual que não possui credibilidade juntos aos empregados”.
“Não adianta o presidente do banco Pedro Guimarães dizer que as pessoas estão em primeiro lugar, porque os atos da direção da empresa falam muito mais alto e apontam no sentido oposto” acrescenta Matileti.
Pressão por metas
Outro problema apontado pelos empregados é a pressão por metas, que tem adoecido os bancários.
“As denúncias de assédio moral só aumentam. Percebemos que o problema se concentra em algumas SEVs (Superintendências Executiva de Varejos), o que também foi abordado com o Superintendente da Capital. É importantíssimo que os trabalhadores que sofram qualquer tipo de assédio entrem em contato com o Sindicato, ainda mais com a constituição do Fórum Regional de Condições de Trabalho, que nos abre mais um caminho de atuação na defesa dos direitos dos empregados”, completa Campanate.