Quinta, 11 Março 2021 19:18
CAIXA

Sindicato e entidades conquistam importante canal de diálogo sobre condições de trabalho

A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR - Melhores condições de trabalho e ações mais eficientes de prevenção à Covid-19 estão entre as reivindicações dos empregados da Caixa levadas pelas entidades representativas dos trabalhadores para as superintendências A VIDA EM PRIMEIRO LUGAR - Melhores condições de trabalho e ações mais eficientes de prevenção à Covid-19 estão entre as reivindicações dos empregados da Caixa levadas pelas entidades representativas dos trabalhadores para as superintendências

Carlos Vasconcellos

Imprensa SeebRio

 

Os diretores do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro José Ferreira e Sérgio Amorim, o presidente da Associação dos Gestores da Caixa Econômica Federal (Agecef), que também é dirigente da entidade sindical, Rogério Campanate e o vice-presidente do Sindicato e da Associação do Pessoal da Caixa do Rio de Janeiro (Apcef/RJ), Paulo Matileti se reuniram virtualmente com o Superintendente de Rede da Superintendência Capital, além de representantes da Gipes (Gerência de Serviço de Pessoas) e Gilog (Gerência de Logística) participaram no último dia 5 de março (sexta-feira), de uma reunião virtual para tratar de temas relacionados às condições de trabalho. O encontro é avaliado pelo movimento sindical como relevante pois abre um canal de diálogo sobre o tema.

Prevenção à Covid-19

O sindicalistas cobraram respostas para as questões abordadas no encontro do último dia 18 de fevereiro, como a implementação de ações que reforçassem as orientações de prevenção à Covid-19; a verificação das condições das agências Avenida Chile e Largo da Carcioca, no Centro (que estão dividindo o mesmo espaço); a criação de um Fórum Regional de Condições de Trabalho com reuniões periódicas e a melhoria dos protocolos, especialmente o de higienização das unidades em razão do agravamento da pandemia e do fato do Rio de Janeiro ser a cidade com maior número de mortes no país.

“Fomos informados acerca da realização de videoconferências da Superintendência com os Gerentes Gerais, tendo a participação da GIPES no reforço às orientações de prevenção à Covid-19. Esta informação foi confirmada com empregados da base, no entanto houve um entendimento de algumas pessoas de que no referido vídeo havia ficado claro que a responsabilidade sobre qualquer ‘problema’, inclusive com o Sindicato, seria do gestor da unidade”, explica Campanate. No entanto, o Superintendente da Capital, com o testemunho do representante da GIPES, esclareceu tratar-se de um mal-entendido, pois o objetivo da reunião era “reforçar a responsabilidade do acompanhamento, por parte do gestor da unidade e do cumprimento dos protocolos estipulados pela empresa”. Dessa forma ficou claro que o gestor da unidade não será responsabilizado por não suprir as deficiências desse protocolo.

Separação de unidades

Com relação à situação das agências Avenida Chile e Largo da Carioca, a previsão de término das obras que possibilitariam a separação das duas unidades foi adiada.

“Além dos prejuízos psicológicos e emocionais, a agência agora precisa lidar com a perda da vaga do empregado que foi vítima fatal da Covid-19. Enquanto Pedro Guimarães, presidente da Caixa, divulga aos quatro cantos que está contratando, a Matriz não repõe as vagas deixadas pelas mortes causadas pela pandemia”, acrescenta o sindicalista, lembrando que a redução de bancários aumenta a sobrecarga de trabalho e acúmulo de funções na empresa.  

            Na avaliação dos sindicalistas, a grande conquista dessa reunião foi a concordância dos representantes da Caixa em instituir o Fórum Regional de Condições de Trabalho no Rio de Janeiro. Este Fórum será composto pelas Superintendências de Rede, Gipes, Gilog, Sindicato, Agecef e Apcef, e tratará de situações que não foram passíveis de soluções pontuais quando demandadas pelas entidades representativas dos empregados.

“O Fórum terá reuniões mensais e estamos aguardando o agendamento da primeira reunião. A princípio teremos um Fórum para as SRs Capital e Metropolitana, um para a SR Norte Fluminense e outro para a SR Sul Fluminense”, explica o diretor do Sindicato José Ferreira.

Prevenção comprometida

As ações da direção da Caixa são insuficientes no combate à Covid-19 e agravam as condições de trabalho, segundo os representantes dos empregados.

            “Embora recentemente tenham solicitado informações para instalação de barreiras de acrílico para os funcionários das unidades, quase tudo o que depende da direção da empresa emperra. Essa direção insiste em ignorar o agravamento da pandemia e mantém os protocolos que estipulou unilateralmente no dia 1º de julho de 2020, mesmo com o cenário completamente alterado”, disse o presidente da Apcef e vice-presidente do Sindicato, Paulo Matileti. O sindicalista destaca ainda que o banco “recusa-se também a melhorar o processo de higienização realizado nas unidades com casos confirmados, mantendo o modelo atual que não possui credibilidade juntos aos empregados”.

“Não adianta o presidente do banco Pedro Guimarães dizer que as pessoas estão em primeiro lugar, porque os atos da direção da empresa falam muito mais alto e apontam no sentido oposto” acrescenta Matileti.

           

Pressão por metas

 

Outro problema apontado pelos empregados é a pressão por metas, que tem adoecido os bancários.

“As denúncias de assédio moral só aumentam. Percebemos que o problema se concentra em algumas SEVs (Superintendências Executiva de Varejos), o que também foi abordado com o Superintendente da Capital. É importantíssimo que os trabalhadores que sofram qualquer tipo de assédio entrem em contato com o Sindicato, ainda mais com a constituição do Fórum Regional de Condições de Trabalho, que nos abre mais um caminho de atuação na defesa dos direitos dos empregados”, completa Campanate.

 

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